quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Um haicai para amanhã




Temporalidade.
Quando chegará de novo
a paixão suprema?

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Abismo entre mim e ti

O que há por trás de mim e ti?
Consciência,
trabalho,
intelectualidade,
problema de comunicação
entre o eu e o outro.
Como falar para o outro?
Eu quero sentir e não consigo
ver nem interpretar o horizonte.
Será problema de hermenêutica?
Eu quero cantar o nosso amor
e não posso.
Tenho que guardá-lo para mim
e me esconder de ti.
Eles determinam por nós!
Como sair desse redemoinho
de desencontros?
Parece algo vazio,
sem vida e sem arte.
Eu sinto tanto por você!
Tenho pisado em falso,
já que não sinto meus pés no chão.
Meu paladar modificou
com tamanha hipocrisia.
Não sinta os afoitos corriqueiros
nem as falsas promessas
oriundas de tuas palavras vãs.
Coloque-se verdadeiramente no meu lugar:
invisível e aparentemente opaco
e cheio de calorias a mais,
porque aí só caberá caetanear
traços e curvas
e o percurso acumula-se
ao longo da vida.
Como ir ao outro pela afetividade?
Como enlaçá-lo a mim?
Como penetrar no sexo dele
e gozar horrores?
Tenho dificuldade em me comunicar.

Há uma distância e um abismo
que separam nosso conhecimento.
Eu vi a possibilidade de me suicidar
e me suicidei.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Edileusa sim, por que não?!

Faltou luz em todo quarteirão. Edileusa após um dia fatídico de trabalho se jogou no sofá e quase adormeceu. Infelizmente não iria assistir à novela das dezenove horas nem ver o Jornal Nacional conforme faz todos os dias. E começou a relembrar os fatos ocorridos durante o dia enquanto o sono não vinha. O excesso de lassidão sobressaía demasiadamente à medida que aquela mulher se despojava de abstração, utopias, desassossego e harmonia para suprimir energias físicas e psicológicas para enfrentar a batalha árdua diariamente.
Era segunda-feira, vinte e sete de setembro, dia de distribuir doces para a criançada, já que o famoso São Cosme e Damião acontecia mais uma vez na nossa sociedade. Edileusa trabalhava numa confecção de roupas íntimas e nesse dia seu patrão resolveu cumprir a promessa que fizera ano passado, após ter sobrevivido a um acidente de carro, na estrada genocida Rio - Petrópolis. Lá, quando morre alguém o corpo é coberto por uma folha de jornal, acende-se uma vela e pronto. É só rezar para a alma do defunto e nada mais.
Mas o patrão dela saiu ileso de um acidente no começo dessa rodovia. Tratava-se de um trecho rodoviário bastante perigoso. O carro virou sucata e ele se encontrava sozinho naquele momento. Teve meros arranhões no braço, nas pernas e no rosto, mas escapou com vida: um caminhão perdera a direção e se chocou com seu pálio.
Na confecção Edileusa não era costureira, mas sim cozinheira. Durante o dia todo teve que cumprir seus afazeres e entregar doces às crianças que passavam por aquele local. De vez em quando beliscava um docinho aqui e outro ali, no entanto ela sabia que tinha já “dono” toda aquela guloseima.
O sono queria aliciá-la para que pudesse adentrar em outro universo, uma vez que seus olhos já não a obedeciam mais. Não obstante fora abduzida, como sempre, a levantar do sofá e acender algumas velas. Ela, de súbito, fez isso rapidamente. Em seguida foi ao seu quarto trocar de roupa e se preparou para tomar banho.
Como havia faltado luz, ela acendeu várias velas no banheiro. O dia tinha amanhecido chuvoso, porém não se encontrava frio, mas mesmo assim ela não se arriscou a tomar banho frio. Quando pôs a água no fogão para esquentar, a luz voltou. Então ela desligou o fogo do fogão e foi direto para o banheiro.
Ao chegar lá, quando acende a luz, a lâmpada estala fortemente e ela tem que manter as velas acesas para tomar banho. Entrou debaixo de ducha morna e ensaboou-se levemente. Edileusa pensava com seus botões:
- É a primeira vez que tomo banho à luz de velas porque a lâmpada queimou. Ou isso é pobreza ou aparenta que estou ficando chique com tantas velas acesas. E eu aqui a me ensaboar nesse tom quase romântico e cheio de poesias pairando no ar.
Edileusa brincara muito no banho e o sorriso já permanecia estampado em seu rosto porque sabia que não podia levar tudo muito a sério.
Como já tinha perdido toda sua novela das dezenove horas, somente lhe restara à espera de outro dia quase normal: sem muito doces calóricos para engordar e com bastante trabalho a fazer na confecção. Ela sabia que brincar, às vezes, lhe faria bem e lhe estressaria menos. Por isso, que após um longo banho, tomara uma boa garrafa de vinho Santa Felicidade para que o rótulo do produto fizesse jus a sua vida.
Assim, com vários copos de vinhos Edileusa relaxou-se. Ligou para o seu namorado chamado Ribamar e ficaram setenta minutos ao telefone fazendo juras de amor e conversando assuntos excitantes. Entretanto, o sono a arrebatava ferozmente num grau superlativo totalmente absoluto sintético e os anjos a receberam no colo para clamar seu louvor e guardá-la de todo mal e inveja, pois eles sabiam que amanhã ela precisaria se renovar para levantar cedo e cumprir sua jornada de trabalho.




segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Quartetos Solenes

Sinto vontade de correr, porém meus pensamentos
não deixam e me perco no silêncio.
Sinto vontade de abraçar e catequizar,
mas meus ouvidos se distanciam da melodia sacra.


Ouço o barulho de crianças correndo para uma capela.
Lá, descubro algo distinto de minha vida:
que na verdade faz-me lembrar de minha infância...
que o vento levou feito cinzas.
A saudade bate em meu peito.
Vejo o retrato de pessoas queridas,
de pessoas que se foram, mas deixou
suas grandes marcas nos corações aflitos.


Algo quer nos separar desse Amor,
mas “Se Deus é por nós, quem será contra nós?”
Redescubro a vida e a faço brilhante.
Logo, ressuscito.

domingo, 26 de setembro de 2010

Flor de maracujá



Desejo excêntrico,
paixão avassaladora
que me arrebata.






sábado, 25 de setembro de 2010

Malmequer ou bem-me-quer?!

Ao crescer de madrugada,
carinhosamente tua alma incendeia tuas pontas,
e tuas garras agudas,
apresentam raros dicótomos,
lentamente seu papus pequeno, denteado,
e todo descrito em pequenos detalhes
são contados e escritos por ti.
Invólucro campanulado, medido, enterrado
à vida d’alma das flores do agreste.
Livro encantado, aquênio,
do ventre amado
aos capítulos terminais da moda
e somente tu vestes
plantas mágicas e medicinais.
Amei-as bastante.
Com todo vigor,
principalmente em teu jardim.,
onde plantei meu coração
e minh’alma.
Tua sinfonia cultivou e harmonizou meu sofrimento.
Malmequer aos antigos gregos e troianos!
Bem-me-quer à célebre Medeia em seu sarcófago!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Haicai para a prima Vera



Chegou, prima Vera
com sua roupa elegante
coberta de flores.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

É primavera, te amo!

Hoje começa um novo momento de inspiração: a primavera. Época em que tudo fica a flor da pele, as flores abrem suas pétalas e o charme toma conta das pessoas. À medida que o coração bate novas perspectivas de vida amorosa iniciam nessa nova estação. Tudo é mágico, jovial, prazeroso, excitante, excepcional nessa nova etapa temporal.
Realmente as rosas não somente exalam, mas falam. Liberam o ato de sentir, o pulsar, o agir, toxinas amorosas que invadem o mais profundo âmago de emoções. Tudo se torna piegas, não obstante não se torna medíocre. Tudo é (quase) perfeito! Devem ser por isso que as abelhas sentem-se atraídas pelo pólen e extraem dele a essência para fabricar o mel.
Com efeito, tudo é profunda felicidade, alegria e entusiasmo. As cores aparecem desde o céu azulado sem nenhuma nuvem como no brotar de cada ramo, de cada flor. As folhas aparecem mais verdes com o intuito de melhorar o acabamento e aflorar desejos desenhados de conhecimentos, de música, de melodia suave, cuja animação é feita para moldar e expor sentimentos.
Nesse momento tudo canta e se encanta, visto que o par toma conta do acasalamento e da busca do outro ser da mesma espécie. Há grandes e tensas vibrações no ar a fim de mistificar o saber, o sabor dos seus devidos gêneros. Há uma linda, bela e magnífica associação recíproca de dois ou mais organismos diferentes que lhes permite viver entre os seres de cada espécie.
Agora chegou a ocasião de o amor nascer e renascer cada vez mais intenso. É necessário estar juntos, somar criatividade e se enlaçar num exorbitante êxtase, numa verdadeira e grandiosa simbiose.
Motivos, razões se originam para demonstrar o ato de amar, de namorar e de acasalar o melhor vocábulo, pois se engendra aqui uma metáfora primaveril que se junta à sinestesia da liberdade ao abduzir intensas sensações de prazer. Tudo se renova e brota para uma nova caminhada, para uma nova busca de si mesmo. Há o encontro de identidades, alteridades e situações que nos levam além do sexo, além do rapto dos desejos, além dos bordados que nos remetem ao campo e à fazenda, uma vez que tudo se encontra e reencontra para cumprir uma nova jornada sapiente, tenra, delicada e primaveral.

sábado, 18 de setembro de 2010

Costurando sombras

A sombra só aparece quando brilha alguma luz. Ela disfarça bem o comportamento das pessoas e me faz lembrar Peter Pan quando perdera a sua na casa de Wendy. Como algo tão simplório transporta tanta emoção, entusiasmo a ponto de mascarar o ser humano? Pena que ela somente exista se houver luminosidade para refleti-la.
As pessoas são sombras que navegam pela claridade assim que seus sentimentos começam a aflorar e aparecer, pouco a pouco, sem perceber, num estalar de dedos. Peter Pan sabia da importância e do valor que ela tinha para si; por isso, que ele retorna ao mesmo local que a perdera para reencontrá-la e “costurá-la” novamente.
Perder a sombra para ele seria como se a vida deixasse de prosseguir ou até mesmo co-existir, visto que ela era participativa e tinha se apropriado dele para acompanhá-lo aonde quer que ele fosse.
Atrás de uma cortina de palco, que por sua posição semilevantada designa com certa insistência a fusão do eu com o outro: a sombra é o outro espelhado com tons escuros para ludibriar e co-participar da vida do eu.
À medida que Peter Pan perde sua sombra para um cachorro, a cena de buscar o negativo torna-se grandiosa e emocionante. Eis a presença do duplo engendrada pela imagem fotografada da personagem com sua sombra servindo de oposição de comportamento.
Aí se cria um estado de apropriação da criação. A sombra é sua rara e poderosa criação. Ela poder-se-á ser excêntrica ou não, mas lembra o arrebatamento programado que podem ser produzidos pelo anúncio perdido de uma nova moda, suscitando rituais para inovar com desenhos e criatividade a moldura do outro em nós.
Quantas vezes perdemos nossa sombra em nós mesmos? Quantas vezes a costuramos para nos enganar primeiramente e ao próximo que nos rodeia? O eu e o outro cambaleiam e se estereotipam numa briga e numa harmonia desigual. Não se pode viver sem sombra nem sem o outro armazenado em nosso âmago. Há uma necessidade mútua entre ambos. Assim, o cenário pictórico da imaginação se re(cria) a fim de inventar o que desejar de fato.
Segundo essa perspectiva, falar de “cenas”, de “atores”, de “palcos”, de “papéis”, e assim por diante convocando ao mesmo tempo as duas famílias de acepções desses termos – uma remetendo a uma conceitualização jurídico-política das relações humanas interpessoais e a outra do universo da dramaturgia, já que a sombra é a consequência inovadora do pecado e da existência entre o eu e o outro. Ela pode ou não mascarar o eu para acionar melhor o outro que vive no espaço virtual.
Sessões catárticas, enfim, podem levar a relação dúbia entre o eu e o outro a se libertar de emoção ou sentimento que sofreu repressão, uma vez que filosoficamente a sombra só ganha vida se houver a luz, a claridade para formatar o desenho imposto por ela. Não existe término para tal situação. Tudo se renova a cada toque imaginário para demonstrar os “sujeitos” e “objetos” caracterizados nesse contexto como entidades chamadas a trocar constantemente entre si suas respectivas posições actanciais, o jogo que aqui se joga – o da sedução.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Germinado

As flores estavam na janela. Vi-as.
cautelosamente suas pétalas douradas, volumosas,
cercadas por pedras, estercos, terras jactanciosas
de espinhos malignos envolvidos durantes os dias.
Ora parecia uma dama, ora uma serpente,
com sua beleza ardente,
que prateava a descrição da vida
em prantos, transformaram-se em arte colhida:
como semente de rosa púrpura desperta
um imenso caule com pintas verde-claras
com folhas escuras e ásperas
germinadas na grega abertura feita em parede.
Quando molhadas, aos poucos,
parecem bolhas exuberantes de curto saber e essência.
Enriquecendo-as devagar enquanto vocativo:
- Violeta, dê vida ao meu jardim!
E tudo se renova,
aspira-se a um deleite majestoso
e adverbialmente tropical.




quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Arte ou não?!


Arte comedida, dolarizada,
encantada pelas butiques friburguenses,
ensaiada aos prantos
pelo Morro do Pombal.
Seus versos pavorosos encantaram no Poço Feio
ao revelar a mística gramatical
e a doença renal.


Arte futurista, cheia de graças,
igual aos artigos do Rio Bengala:
fétido, cheio de fome, miserável;
uma linguagem coloquial:
detestada, complexa à panela de pressão,
linguaruda ou não, é arte.


Arte de galinhas, animalescas,
vulgares, barulhentas e enjoadas.
professora do Frango Legal ou não,
sempre será arte... dos mamutes,
dos rinocerontes, das avestruzes....
São todas ridículas! Pobres!
Mas semanticamente ricas.


Arte sem graça, mista de palhaçada,
sem soneto, sem artista,
sem cinema, sem canção.
Arte verde-amarela, dos cambistas,
feirantes, carnavalescos e muito mais.
Um modernismo diferente,
sem rima e seus ais.

Arte policial, corrupta, perigosa,
cheia de laços cor-de-rosa na ficção,
bisbilhoteira, excessiva
de podres poderes,
das fofoqueiras dos celulares,
dos mitos medíocres a imaginar vingança,
os abutres da vez na adjetivação
contida nos ideais modernistas.


Arte dos peixes, da vida sexual,
ambígua, econômica, sentimental,
aquarela febril,
jornalista, sutil e irreal.
Aquário romanesco da desilusão,
Tubarões de ideias
a profanar e a devastar ambientes
sem significados,
sem item lexical.

Arte metafórica, nupcial,
expressionista, bagunceira
marginal e estrangeira.
Pegue a toalha. Enxugue o rosto.
Pois nesta cara sem vergonha
que mora o safado
da arte pessoal.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O poema


O poema tem pressa de existir,
tem sede de conhecimento e mistura vocabular,
tem fome arlequinal
por mudar de opinião a cada momento
já que a sílaba se constrói em verso
para disfarçar o palhaço
e o saltimbanco que há nele.


O poema sopra idiossincrasias
e cantarola e dança o fox-trot da farsa,
numa opala de variegadas cores
para ludibriar a pierrô
ao engendrar outro cenário de risos.
- Quá quá quá! - ri o poema esdrúxulo
em meio a uma quase polifonia de palavras.
Luzes da ribalta focalizam-no
ao levá-lo para o palco sombrio, úmido
e lúgubre de contraste.

O poema nasce, gira e sopra palavras
que saem pelos tímpanos surdos
e soam pelas bocas mudas
da criatividade.
O poema se (re)cria
à medida que se envelhece
para se tornar outro jovem Nijinsky.


O poema é um pássaro, um avião
e um super-herói dos nossos desiguais,
pois estimula técnica e composição descomunal.
Ele metamorfoseia o que a imaginação solicita
e capta aos poucos a originalidade
sem rima, métrica e adereços líricos.
O poema aciona o desvairismo
e a loucura escondida nas entrelinhas.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Gente

gente
certa
gente
esperta
gente
que desperta a loucura insana
gente
em alerta
gente
morta
gente
que transporta amor
que sente dor
gente
soberana
indiana
americana
gente
viciada
eloquente
quebrada pela ida
gente
vaidosa
irada
idosa
gente
ignorante
sem paixão
aos ais do coração
gente
imunda
pobre de espírito
rica
miserável
gente
embriagada
adultera
casada
gente
humilde
popular
amada
gente
malcriada
criança
indignada
que sente medo
gente morrendo
passando fome
sem dinheiro
desempregada
possante
potente
adolescente
enfim, todos são gente.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

As frutas em procissão



Ele viu diante de seus olhos as laranjeiras,
Em flor olentes muito brancas a se enfileirar
Pelas costas das colinas,
Como teoria de noivas
Cozinheiras lavavam-nas em água corrente.

Os abacateiros de troncos rugosos a sopesar
Com esforço os grandes pomos verdes.
As jabuticabeiras com suas jabuticabas negras
A estalar dos caules rijos.

Os abacaxis coroados que nem reis
Recebendo a unção quente do sol.
Os lenhadores trazendo a madeira cortada
E sacolas carregadas de kiwis, maçãs e peras.
Os pêssegos veludos mostrando toda seda,
As jacas monstruosas, os jambos, as mangas capitosas
Trazidas por uma linda mulher
Com o regaço cheio de frutas a sorrir
Com seu aroma pairando pelo ar.

domingo, 12 de setembro de 2010

Bailarina



Uma boneca girando,
Saltando com seus gestos milagrosos
Em torno de uma música tocada
Que com vários passos,
Sua atuação fica mais sedosa
Do que a flor da graúna toda pigmentada.
Toda sua cadência de saltos carinhosos
Ao som do compasso de uma melodia, pincelada
De maneira angelical, uma criança levada
Que balançava os adolescentes impetuosos.
Dançava no ar como um colibri,
Suavemente, tornei-me um dos seus personagens
Eloquentes, o bastante.
Do romantismo piegas
Ao clássico picadeiro juvenil.
Deslumbrado, eu fiquei por ti,
Bailarina, a musa dos sonhos,
De bonitas mensagens dançantes.
E que pulava, saltava, dançava
Em meu peito varonil.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Soberba III




Sensação inflada
mista de fel e asfalto
provoca pecado.