quarta-feira, 30 de março de 2011

Alimento

Beijos, afagos, carícias
acumulam-se
em atos desenfreados.
Se eu abrir a janela do quarto
você deixaria a cigarra entrar e cantar?
Não saia mais do tom,
desfrute de paixões avassaladoras.
Chamem os beija-flores
para se alimentar de néctar
na palma de sua mão.
Que haja a transubstanciação
de palavras, pólen e mel.

terça-feira, 29 de março de 2011

Itinerário

Na tristeza se constrói
as lindas histórias sem direção...
Não há rumo algum!
Perambulo agora em meu inconsciente
com devaneios loucos...
Qual itinerário seguir
após lágrimas jorrarem
por causa da ausência do amado?
Quantas lições ainda temos que aprender
para conquistar nosso espaço
e respeitar nossos corações?
Os questionamentos borbulham
concomitantemente.
Nada mais apraz a voz
que emana a criação do amanhã.
Há uma esperança de vida,
um novo tom de uma canção,
uma nova inspiração,
que está no ar
para reivindicar
por novas sinestesias
ao alcance de todos
e de mim mesmo.
Meus personagens
almejam por novos alicerces,
sem hesitar quimeras,
num esplendoroso teor magnético
que possa juntar almas
e libertar das prisões do medo e receios.

segunda-feira, 28 de março de 2011

MEME LITERÁRIO


É com muito prazer que respondo ao Meme Literário que me foi enviado pela Gisa do blog Ler, escrever e viverhttp://lerescrevereviver.blogspot.com/

Vamos aos questionamentos:
1) Existe um livro que você leria várias vezes sem se cansar?

Realmente é muito complicado escolher um livro para ler várias vezes, embora tenha lido a obra A Moreninha do Macedo várias vezes para a dissertação de mestrado em busca de sarau. No entanto, confesso que a obra A Cabana me emocionou muito. Acho que ficarei com a emoção.

2) Se você tivesse que escolher apenas um livro para ler para o resto da sua vida qual escolheria?

Adoro o século XIX e amo os clássicos, principalmente Machado de Assis; portanto, fico com Memórias Póstumas de Brás Cubas, uma vez que se trata de um livro ousado, inteligente e cheio de metalinguagem.

3) Indique três dos seus livros preferidos.

Helena de Machado de Assis;
Perdas e Ganhos de Lya Luft;
Alguma Poesia de Carlos Drummond de Andrade (meu poeta predileto)

4) Indicar 10 blogs.

Difícil esta escolha! Dez é um número muito restrito! Regras são regras, então com as devidas desculpas aos demais indico (compreendo a falta de tempo de todos, não se sintam obrigados em responder, mas se puderem adoraria conhecer um pouco mais de todos vocês):

6)- Luciana Fresz (http://lufreesz.blogspot.com/)
7)- Leonardo Davino (http://medindodias.blogspot.com/)
9)- Kiko Riaze (http://kikoriaze.com/)


5) Mencionar quem indicou:

Muito obrigado pela indicação Gisa (http://lerescrevereviver.blogspot.com). Saiba que foi um exercício prazeroso de se fazer, mas eu tinha tantos outros blogs para indicar tal façanha literária que não acho justo em não pô-los. Por isso, também gostaria de pedir desculpas a quem não listei aqui e quem lesse e quisesse participar da brincadeira, sinta-se à vontade para adentrar neste universo autobiográfico. Aproveite para levar o selo quem desejar participar da brincadeira!
Muitos beijos entremeados de metáforas e abraços fraternos, queridos amigos! E obrigado pela atenção.

domingo, 27 de março de 2011

Amor sabor de flocos


Até pensei que nosso amor
fosse uma orquestra sinfônica:
cheio de instrumentos,
com vários ritmos desenfreados
mas ajustados ao nosso sentimento
quase louco...
Realmente descobri que tal amor
parece um sorvete de flocos,
com bastante calda caramelada de suspense
de entrega e de desejos insanos
coberto por marshmallow do bel-prazer,
pois seus meros toques entremeados
de chocolate derrete na boca
e funde-se com a nata
para aprimorar nossos devaneios
quase alucinados...
Acho que sou piegas por te amar
tão demasiadamente assim.
Trata-se de um frisson inenarrável:
paixão, idolatria, bang bang e Hiroxima.

sábado, 26 de março de 2011

Idiossincrasia

Ultimamente as abóbodas celestes
tornaram-se meu repouso absoluto,
uma sensação contagiante
de singeleza e pureza de ares.
Meu barco navega nas metáforas célicas
de um poeta caduco
para construir momentos
que só são perceptíveis
aos olhos do escrevedor,
do verdadeiro mágico de OZ,
do País das Maravilhas de Alice,
da boneca asneirenta Emília
e do design produzido pelo eu-lírico
na semiótica da canção,
pois tudo canta e encanta
as idiossincrasias inventadas
por um expectador
em busca de seu horizonte de expectativa.

terça-feira, 22 de março de 2011

Se eu morresse amanhã

Se eu morresse amanhã
ouviria todos os discos de que mais gosto,
em especial: “What’s a feeling”
com uma bailarina pairando sobre o altar.


Se eu morresse amanhã
cantaria minhas canções favoritas.
Na liturgia religiosa repousaria latinamente,
ao som de um réquiem.


Se eu morresse amanhã
repousaria feliz no Rio Paraíba do Sul,
onde os mortos de toda terra – o único lugar –
descansarão verdadeiramente em paz entre os vivos.

Se eu morresse amanhã
viria com exatidão perfumar tudo com esperança,
mesmo as ruínas as quais adere
toda as formas de torturas, não as quero mais!


Se eu morresse amanhã
iria dançar a noite toda
e com fervor olharia para os meus céus azuis
e sentiria o calor do sol a me aquecer.


Se eu morresse amanhã
diria às estrelas e à lua
como são encantadoras e lindas,
feito as rosas púrpuras do Cairo.


Se eu morresse amanhã
diria adeus as pequenas coisas matérias... Todas!
Mas essa dor da vida me devora e me alucina,
estraçalhando-me com sua espada sangrenta na mão.


Se eu morresse amanhã
“Que noiva!... E devo então dormir com ela?...”
Seus lábios de jasmim para mim sorrindo,
um campo sem flor, um barco sem mar...

Se eu morresse amanhã
ela ao menos dormiria mascarada
e a doce meiguice desse teu olhar
sussurraria de leve em meus tímpanos.


Se eu morresse amanhã
viria com gratidão ver as várzeas se multiplicarem.
Vejo a morte gradativamente... Será uma doce quimera?!
Ou trevas impuras?

Se eu morresse amanhã
agradeceria a Deus pelo grandioso presente
que é a simples arte de viver
e morreria em seus braços.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Viva a Lu Freesz!

Caríssimos colegas blogueiros e grandes lectores dessa espaçonave de leitura virtual, hoje tudo se modificou e se renovou numa nova performance visual. Graças ao presente de Lu Freesz - http://lufreesz.blogspot.com/ meu blog ganhou um novo ar, obteve um novo desempenho artístico, um novo simulacro, um novo jeito de bloggar por meio de uma nova imagem interativa que realçasse o poder da palavra latina.
À querida blogueira Lu Freesz minhas felicitações e agradecimentos!
Muito obrigado,
Jasanf.

No armário




Não se feche para balanço,
pois de transviados a loucos
todo mundo tem um pouco
e o armário anda lotado.




sábado, 19 de março de 2011

Presentinho Lector

Saudações atemporais, Lectores!
Chegou o momento de presentear quem passa por aqui, de selar nossa relação poética na blogsfera, de entremear metáforas e muitas sinestesias no nosso relacionamento virtual. Então levem para os blogs de vocês meu carimbo, minha marca, minhas palavras vãs e nada sábias, mas que contagia e emociona quem adentra neste universo. Este selo foi feito com amor pela colega blogueira VAN, do blog Retalhos do que sou http://retalhosdoquesou.blogspot.com/ - um blog que vale a pena conferir também pela sua essência imagética e com textos bem escritos.
Quem desejar este selo, leve-o. Ele é de quem quiser, de quem gosta de compartilhar predicativos, de sintonizar pensamentos e de construir um verdadeiro simulacro textual.
A todos, meu carinho, ofereço.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Sussurros deprimidos

Meu coração encontra-se dilacerado
pelos açoites diários.

Sinto-me perdido
sem você ao meu lado
para me acalmar,
acalentar minha alma,
cantar nossa canção,
que não toca mais na rádio.
Noites bêbadas
tornam-se intensas
e já não me lembro mais do seu abraço,
dos toques de seus lábios
nem do sabor de seus beijos.
Agora tudo é falso
e puro engano.
A depressão me ronda constantemente,
já que aparenta ser minha companheira inseparável.
Tautologicamente percebo que solidão
é mais do que solidão,
embora não me devaste por completo
nem consiga ignorá-lo como devia,
dói sentir dor.
Pena que nada demonstra ser o que é.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Contrato de serviço

Ultimamente os michês me rondam
e querem se expor em grandes delícias poéticas.
Pagou, usou!
Eles desejam me prostituir também
do amor que não tive contigo,
do afeto que fui negado,
do gozo que nunca foi lauto
nem sublime sentimento,
Tudo com eles são fugazes e efêmeros
e gasta-se tanto prazer em moeda.
Tudo é frio, úmido e obscuro,
já que falta verdadeiras emoções
e apegos inexoráveis.
Não consigo mais parar
com esse vício consumível,
que contamina,
que corrompe,
que perverte,
que deprava,
que adultera,
que desnatura,
que degenera,
e me faz pedir bis.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Análise de uma lágrima

A vida é uma lágrima de alegria
que ilumina as águas do horizonte
em chamas ardentes que proliferam nas fontes,
a dor dos sentimentos religiosos em alegoria.


De uma noite que sorri
batendo o pulso ao chorar,
ouvindo a melodia ao deitar
das infâmias que vivi.


Tudo se embala nos momentos
que invadiram o teor efêmero e prolixo,
engendrando mentira, mas fixo
às orações imaginadas em meus pensamentos.

terça-feira, 15 de março de 2011

Verbum pro Martius

Fevereiro se foi com louvor. Começa-se aqui uma nova expectativa repleta de trinta e um dias em glorificação à Marte, ao Sol, a Deus; visto que a cada crepúsculo os cardumes astrologicamente (re)inventam novos prazeres e argumentos solidificados. Março adentra para restaurar esperanças, criar laços, construir novas pontes do saber, escolarizar o “feio” e o “belo” numa única fermata e acordeom.
Não haverá dislalia nem dislexia que suporte ao poder das escrituras, já que a pena e o tinteiro juntos sacramentam a tessitura e registram sabiamente o cotidiano. Paulatinamente, resenhar a vida e documentar o desejo do coração gera um novo discurso e tudo acontece nas entrelinhas.
Assim, viva as entrelinhas por sua retórica sub-reptícia e adjacente.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Mimeses

Reproduzirei a realidade
por meio da retórica,
imitarei o amor,
contemplarei o belo,
serpentearei a poesia
através da graça,
dos devaneios loucos,
percebida pelos sentidos.
Liberto todas as emoções,
verdadeira catarse se transforma
para ludibriar minhas sinestesias.
Será que encontro minha outra face
escondida em algum espelho?
Ausências aparentes
hão de transformar em presença.
Desde o advento do mundo poético
há uma tendência clara em privilegiar-se
o aspecto performativo
escondido dentro dos corações.
Assim, se constrói minha
atividade cênica,
minha música,
minhas vontades de modelar
e de imitar o que se encontra
no mundo artístico
de minhas loucuras quase funestas.

domingo, 13 de março de 2011

Haicai do toque



Apalpe meus seios
deslizando devagar
para obter prazer.

sábado, 12 de março de 2011

Devassa

Que tal encontrar uma poesia desregrada?
Nada de métricas e medidas,
com versos brancos, nulos
soltos e livres,
que infrinjam o saber,
que apresentem um novo eu
com suas devidas alteridades poéticas
e que a face do poeta depravado,
dissoluto, libertino, ingênuo,
prosaico, puro, virtuoso
- um oximoro perfeito! -
transfigure o artista elíptico em descontraído,
ator de si mesmo
e do mundo que o espreita
pois ele deseja encontrar sua imagem,
dividida entre o binômio
devasso versus santo.
Onde será que se encontra este rosto
repleto de lassidão
e com cheiro de absinto?
E tudo mudou,
modificou completamente
e se transformou num outro ser:
desencanado, desinibido,
ausente de mim,
fora da lei
e assaltante de palcos
inebriados e contagiantes,
que se perdeu,
pouco a pouco
pela falta de compostura.
Um brinde ao seu lado devassa!

sexta-feira, 11 de março de 2011

“São as águas de março fechando o verão”


O sol escaldante de verão expirou. Agora se encontra iminente os dias chuvosos para fechar a estação atual com chave de ouro. Os ares mudaram com as águas de março. Surge um clima suave de calor e tudo se torna ameno. Aquela “lua cheia amarela” deixará saudades para os admiradores do Rei Solar, visto que muitos se bronzearam de forma explícita e elíptica.
À proporção que a chuva adentra-se, começa os preparativos para a lavagem da alma e do coração, pois a página da vida vira-se para surgir um novo belo horizonte. E aos poucos se bordam as novas promessas com lindas imagens plácidas para que o caminho chegue ao fim e para renovar a fonte do real em lindas fantasias.





quinta-feira, 10 de março de 2011

girassol

gira
sol
gira sol
girassol
é formidável ver você
rodar
rodopiar
movimentar
no céu
girassol
gira sol
gira
sol.

quarta-feira, 9 de março de 2011

O Barqueiro

Quer passar para o outro lado?
Pague a oferenda ao barqueiro.
Entregue a moedinha ao Caronte
e divirta-se no mundo dos mortos,
atreva-se enquanto espectro
para saborear
um cálice de sangue amaldiçoado,
cuja luta é eterna.
Tenha medo do medo
e de ter medo.
Entregue-se ao pavor, ao horror
e aos delírios poéticos do submundo,
recheados de psicose,
atitudes maquiavélicas e malévolas.
Deleite-se com o rio de sangue ao seu redor,
contemple o cheiro ardente de mofo,
de pele defumada e açoitada...
sinta-se o próprio fantasma
almejando cumprir seu destino:
fazer a passagem da verdadeira,
diabólica e cruel ficção.

terça-feira, 8 de março de 2011

Perfume de Mulher

Parece que foi ontem que Carolina, Aurélia Camargo, Iracema, Lúcia e Inocência apareceram quebrantando corações, infringindo normas e marcando um forte teor de personalidade e beleza nos grandes clássicos da literatura brasileira.
Com o Romantismo estas mulheres-personagens saíram de suas devidas narrativas a fim de penetrar outro universo; inspirando e convidando leitores a entrar na história e a se imaginar no próprio cenário do século XIX e a deslumbrar a figura feminina idealizada como uma rainha, como uma heroína romântica, pelo narrador.
Imersos na atmosfera romântica que se alastrou na primeira metade do século XIX, os escritores captam em suas obras os problemas essenciais da época, isto é, o sentimento pessimista da existência, a indagação metafísica sobre o destino humano, a busca de um valor universal que justifique o sofrimento e a morte (Inocência, Iracema e Lúcia); despertando, assim, sua feminilidade na história literária da ficção.
O mais incrível na narrativa é a criação de imagens acústicas ao se fazer a leitura da composição dessas personagens femininas, lembrando que a partir dessas “mulheres” a trama se desenvolve de forma instigante.
Dessa forma, acredita-se que hoje no século XIX há uma mulher literária presente no comércio, na indústria, na tevê, na emissora de rádio, na internet, na poesia, nas histórias em quadrinhos, nos desenhos animados, na música, no cinema fazendo arte poética e mostrando seu papel e valor.
A todas as mulheres, meus beijos entremeados de perfume, carinho, paixão e muita figura de linguagem. Assim CARPE DIEM, mulheres!!!

segunda-feira, 7 de março de 2011

Amar é...

 
 
 
Um argumento retórico
ou desejo em fazer alguns cálculos?
 
 
 
 
 
 

sexta-feira, 4 de março de 2011

Abre alas

A festa começou. Mais uma ocasião de folia para distrair os corações e pôr aquela fantasia escondida a sete chaves dentro do armário.
Os heterônimos ganham rostos com os foliões ao transladar alegorias e adereços. A porta bandeira fascina-nos com sua dança e gestos mágicos à medida que as ruas embrenhadas de confetes e serpentinas são lançadas ao seu redor. Tudo se torna “alegria”. É puro êxtase, pois o carnaval chegou mais uma vez com um novo ornato.
É o momento de fazer a transmutação ébria, esquecer os problemas diários e encontrar-se com o nosso disfarce interior, nossa alteridade mor: um novo eu.
E depois que a folia terminar, o carro alegórico passar, deixar as cinzas nos cobrirem de quaresmas e voltar para Deus.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Perdão




70 vezes 7, por quê?!
Isso não cansa?
Eu devo então voltar para casa?
Tenho que abrir novamente mão de mim?
Desopila o que se fechou...





quarta-feira, 2 de março de 2011

Vassalagem (quase) amorosa

Onde se encontra agora?
Acho que vive dentro de mim
neste novo momento.
Mesmo arrasado com fatos passados,
ninguém neste mundo
me abraçou tão forte.
Procure a sua estrela-guia
e a deixe brilhando lindos sentimentos.
Lágrimas no meu travesseiro
serão derramadas
quando se transformar
em missionários do saber,
em antonomásias,
em orações subordinadas apositivas,
em flores, em beijos,
em amizade plena e (e)terna.
Jamais me verá transtornado com sua partida.
Volte para a cabana que construímos
ao redor dos nossos corações.
Ganhou-me para sempre!
Aonde for derramarei lágrimas
que se transformarão em um rio
e ele me levará ao seu oceano.
De palavras em palavras
criaremos um cruzeiro mágico
para viver fortes
e inesquecíveis emoções.
Será que nossas almas
algum dia se depararão?
E tudo se refaz avassaladoramente...

terça-feira, 1 de março de 2011

Meu primeiro bilhetinho


Beije-me ardentemente agora,
toque-me com suas mãos,
acaricie-me com palavras
sussurradas ao vento,
ao léu, ao céu da boca,
língua em língua
se enroscando delicadamente.
Oscule meu umbigo,
meu corpo, meu rosto, meus lábios
suavemente,
para que eu te sinta
cada vez mais em mim,
mordiscando o danadinho
que fica em pé aplaudindo
para sentir o gozo mais lauto,
mais tenso, mais forte,
num vai-e-vem,
num movimento excitante,
num carrossel subindo e descendo,
ritmando-se com alegria
para brotar o supremo prazer.