terça-feira, 31 de agosto de 2010

Luxúria III




Gozo sem pudor,
essência libidinosa
pecado gostoso.

Luxúria II




Poéticos toques
de metáforas lascivas
cheia de libido

Luxúria I




Carnal travessura,
sensualidade mil
de carnes e toques.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

No laboratório

Vozes murmuram e gritam em meus ouvidos paulatinamente. À medida que escrevo percebo moças e rapazes dialogando e fazendo questionamentos que fogem à realidade. Sinto-me retraído com cada som e cada palavra quase torpe que sai da boca de desconhecidos. Transeuntes navegam na internet em busca do bel prazer e pesquisam pronomes: possessividade, nomenclaturas, agitação e adjetivos que correspondam com suas devidas formações acadêmicas.
Quando sinto que tudo irá acabar, novamente as linhas escritas moldam a sabatina para recomeçar um novo momento. Computadores e estudos filosofam com afinco, uma vez que as pessoas em minha voltam buscam aprendizagem, conceitos e definições para compreenderem melhor o mundo escolar no qual o rodeia.


Cada minuto e segundo tornam-se prazerosos assim que o mundo virtual é descoberto: músicas desencadeiam diversão e alegria. Realmente é puro entusiasmo!




Enfim, buscar algo que propicia divertimento, riqueza de vocabulário e conteúdo é o que quase todos procuram mesmo que inconscientemente. Essa loucura vocabular surgiu de onde? De um consultório médico de um urologista? De uma aula de inglês no Instituto de Educação de Nova Friburgo? Das mechas lindas dos cabelos de Maraliz – grande deusa da mitologia friburguense? Num churrasco no Country Club? Num café literário organizado pela direção? Num sarau parnasiano? Numa missa? Num culto evangélico? Num programa eleitoral para governador e presidente? Num comício em Olaria? Num centro de macumba? Numa reunião de pauta de um jornal famoso? Numa praia? Num bate-papo da UOL? Numa sauna? Num consultório dentário? Ou isso tudo é simples ânsia? Que um dia vejamos a rosa no Rosa e a pessoa no Pessoa e descubramos Drummond nos entorpecendo gradativamente e nos fazendo aprimorar mais e mais nossos conhecimentos. Cabe a nós desvendarmos a enquete com meros e grandiosos palpites.

Distintas




Peruas
Galinhas
Santinhas
Sexo!

domingo, 29 de agosto de 2010

Ladrões

O que seria dos filmes pornôs
e das grande sessões de faroestes?
Dos mocinhos balbuciando:
- Me dá tua arma e levanta as mãos!
Imensa ilusão.
Será o furto a razão?!
Ou será polícia e ladrão?
Cuidado é com o Leão!
Pois os restos os fantasmas pagam.

sábado, 28 de agosto de 2010

Nove



Ela não é ela nem é você.
É qualquer coisa do universo:
                        sustento da Rio da Morte
                        que sai dela para você.
                        Nada nove’s fora nada.




sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Taça dos Eus

Adeus
camafeus
museus
coliseus
caldeus
liceus
pneus
ateus
seus
meus
EUS
pois ficarei com Deus

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Hipocrisia

Nunca vi um coração tão dilacerado
por tantos açoites.
Nem a angústia e a depressão
o deixarão acomodado,
nem com toda esperteza
desse universo sórdido
o fará menos acrimonioso.
Fingimento de bondade de ideias
ou de opiniões apreciáveis?
Extrema devoção fingida!


Nunca percebi tamanha admissão ao poder.
Será meras coincidências?! Talvez.
Poderá ser acúmulos de bolinha de sabão?
Usar a imaginação
faz o ser humano
mais humano?
Ou grande ato teatral
para simular e dissimular?
Não seja hipócrita!!!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Bebendo-me

Bebo, escrevo
e vomito palavras.
Num drink a outro
criam-se conspirações,
reflexões, desafetos,
risos maléficos,
meditações em ioga
e volto ao líquido,
meu grande amigo
e verdadeiro elixir de prazer.
Assim, os vocábulos aventuram-se
e a Boa Nova se constrói
ao lapidar as curvas generosas da paixão
e as linhas estonteantes de seu magnetismo
por cada registro.

domingo, 22 de agosto de 2010

Religião



Filosofia transcendente
Desacordo nupcial
Pluralidade viril
Carismas
Ligações por celulares virtuais ou não
Política
Serviço caseiro
Excesso de solidão
Busca de si mesmo
Encontros e desencontros
Enfim: Freud explica!


sábado, 21 de agosto de 2010

Não vale a pena!

Não vale a pena especular,
levantar a poeira,
argumentar,
questionar,
desgastar
nem conhecer as entrelinhas,
nem investir naquilo
que não há retorno.
No entanto, não existe
meio amigo,
já que este em sua essência,
na verdade, é o mesmo
que inimigo inteiro.


sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Quadrilha Sexual

João transou fervorosamente nesse ano com Teresa que fez sexo na primavera com Raimundo que tinha caso duplo com Joaquim (seu grande parceiro nas horas vagas) que era casado e tinha dois filhos com Lili que era burra porque sabia dos casos do marido também com João que morava na rua Teresa , em Petrópolis, que se encontrava sempre com Joaquim que parecia apaixonado por Teresa que preferiu ficar sempre na mesma estação do ano com Raimundo que flertava todos os dias J. Pinto Fernandes que ainda não tinha entrado na história.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Presença do outro em mim

Aposto que os bandolins tocaram melhor do que as cornetas hoje, pois uma nova emoção, um novo tempo, um grande entusiasmo bateram para sustentar a ociosidade que vingara nesse instante.
A pior lembrança foi descobrir que não havia palavras que coubessem nem um simples toque estereotipado de linguagem a proclamar, declamar, aclamar e também exclamar idéias simples. Nada valia, uma vez que tudo se deixou e percebi que me deixara junto: seria a presença constante do outro citado por Eric Landowski? E qual seria a semiótica dessa presença? Porque a única coisa que tem sentido, forma e exatidão são estarem presentes, já que nunca estamos na insignificância.
Chega um momento que é preciso “se apresentar”, nomear-se mostrando-se, situar-se dizendo do que se ocupa e alegar o que é, como se conhecesse a própria identidade.
Assim é com o tempo, tudo passa, as ideologias sonhadas e esmeradas fogem a galope e somem num piscar de olhos. Assim cria-se um discurso verbal e imagético diferente que nos dá outra função de signo numa nova perspectiva comunicacional.
Com efeito, as estratégias identitárias superpõem-se numa nova dimensão de busca de si mesmo, colocando identidade contra identidade diante de uma relação em que o sujeito se descobre, ao contrário, a si mesmo, desde que se torne no outro interiormente presente, atingindo mais de perto a intimidade do sujeito: eu e nós.
Não há filosofia que se transforme numa guardiã da paz ou que permita a invasão e a guerra presente na identidade que se relaciona com o eu e o outro.
Ademais, de uma forma banalizada, tal relacionamento e guerra contra identidades e busca de si mesmo modifica-se com o princípio político contagiado pela essência transformadora ou que deseja transformar-se. O outro se modifica a cada segundo para apagar ou aprimorar o eu, trata-se de uma autobusca ou simples e temível descontrole emocional? Somente sei que não possuo exatidão nas respostas. Tudo que habita nessa quimera de relacionamento quase enlouquecedor pode se tornar um dândi mesmo sem pronunciar palavras para se autoconhecer ou para pedir ajuda diante dos sofrimentos e das marcas do que se foram no dia-a-dia.
Enfim, perdurar-se-ão “razões” e “paixões” entre o eu e o outro: um grande duelo de signos, de causas, de advérbios e grandes feitos e efeitos colaterais. Mas há limítrofes para separar, contagiar e finalizar sem morte. Embora seja justificável constatar uma espécie de dramatização para fundamentar o que se torna presente em mim – dentro e fora por completo. Conquanto que seja um tipo de discurso pseudo-razões, nada se comprova para se sacrificar o eu, pois o outro invade sangrentamente para modificá-lo e rebelá-lo.
Tem-se aí, por conseguinte, duas atitudes: assimilar e excluir. Caberá ao eu lutar arduamente para que o outro não vença e se dissipe mais e mais, deixando-se sem alteração e alteridade. A determinação de assimilar com seus aspectos exteriores que configuram a imagem de um nós hipostasiado e hipnotizado pelo outro é que produz diferença, não obstante tanto um quanto o outro vivem entrelaçados para ver quem ressurge das cinzas e quem adere aos movimentos de incluir e excluir – e aí surge um paradoxo: ambos se buscam em demasia e embevecidamente, visto que cumulam combinações, mesmo se distanciando e se desqualificando em sua devida identidade.
Em suma, o que importa mesmo é se descobrir nas múltiplas identidades inventadas pelo eu e teatralizada pelo outro e saber distinguirem quando é um e/ou outro, todavia isso leva tempo e maturidade. Cabe, portanto, aos dois a semiose: modos de produção, de funcionamento e de recepção dos diferentes sistemas de sinais de comunicação.




terça-feira, 10 de agosto de 2010

Ti ti ti

Tratava-se de uma grande miragem ou realidade estrondosa e única de se olhar? Tudo indicava que Zé da Pá e Vassorilda iriam ganhar serviço bastante para colocar aquele cômodo alugado por de Dona Beth (funcionária da Rede Globo) em ordem.
- Nossa, Vassorilda, que desordem ficou este local após a festa da Moda Brasil. Dizem que foi realmente um ti ti ti e que só tinha gente grã fina e mulheres elegantes com lindos vestidos longos.
- Nem me fale, Zé da Pá! - falou inebriada e toda assanhada Vassorilda. - Parecia um baile de debutantes, pois me vi dentro de uma novela das dezenove horas onde comia caviar e bebia champanha à vontade. Mas o que me deixou intrigada foi a presença do estilista Jacques Leclair. Elegantérrimo como sempre ficou pra baixo e também deprimido por não ter feito tanto sucesso como deveria.
- É verdade, cherie! Ele não sabia o que fazer para esconder sua cara de tanta aflição, já que o vestido que fez para o evento não se encontrava tão magnífico e maravilhoso quanto o de Victor Valentim.
- Cá entre nós, Zezim, aquele vestido vermelho trajado pela Desirée parecia de outro universo. Ele resgatou uma beleza exclusiva de um tempo que não existe. É totalmente contemporâneo o feitio do vestido. - mencionou animada a vassoura. - Eu estava lá no meu cantinho somente espionando a festa e os acontecimentos.
- Realmente, Vassorilda! - interrompeu Zé da Pá com muita empolgação. - A festa foi brilhante, mas não gostei de uma coisinha.
- O quê? - questionou Vassorilda.
- Pena que não fomos convidados para a festa. Queria tanto participar como personagem autêntico e único desse evento novelístico, dessa empreitada noveleira, desse gênero narrativo de 250 capítulos. - indagou Zé da Pá perplexo pelo pouco caso de não ter nenhuma pá de lixo num elenco de uma novela. - Eu sei falar, decorar textos, dançar, cantar, declamar poesia, escrever bons textos e nunca sou chamado para um teste de novela. Isso é preconceito! - esbravejou Zé da Pá.
- Calma, Zé! Não precisa de tanta indignação, pois também adoraria virar modelo de Victor Valentim e usar aqueles vestidos exuberantes, maravilhosos e elegantes feito para uma grande vassoura como eu. Mas convenhamos, né! Sabemos que não é assim. Nós, utensílios domésticos, somente aparecemos quando estamos numa cozinha com alguma empregada da novela. Ou quando há uma cena em que homem vai à cozinha beber água e se depara lá com uma mulher grávida tomando leite. Aí, de repente, podemos aparecer. Não temos tanta serventia como personagem, mas para tirar toda a sujeirada deixada por eles temos. O que fazer?! Cumprir, amorzinho, nossos devidos papéis.
- Eu vou processar a Rede Globo por isso! - exclamou Zé da Pá indignado - Eu quero aparecer mais! - continuou.
- Então, meu bem, nasça gente na próxima reencarnação, pois nesta vida você se trata de uma mísera, simples e humilde pá de lixo e nada mais.
- Também não precisa esculachar, né!!! - retrucou Zé da Pá. - Sei que este mundo é cruel mesmo para as pás e vassouras. Só nos resta mesmo varrer e juntar todo o lixo humano.
- Então mãos a obra, grande amigo! - Mostra para a pá toda a sujeira que se encontra ao redor deles. - Companheiro das horas difíceis, estaremos juntos sempre para compor, ajeitar, ajustar, moderar e pôr a ordem em seu devido lugar. A limpeza é preciosa! - comentou Vassorilda toda compreensiva e carinhosa
- Realmente temos o nosso lugar ao sol e cabe a gente aproveitar o embalo e festejar por meio da limpeza. - disse eufórico e pronto para começar o batente a pá de lixo.
- E além do mais fomos contratados pela Rede Globo de Televisão para administrar a limpeza. Enquanto formos novos e estivermos prontos para o batente saberemos fazer nosso devido trabalho com eficácia e eficientemente.
- Desde que nossos salários sejam pagos devidamente com devida insalubridade, porque ficaremos velhos e gastos futuramente. - reclamou Zé.
- Amorzinho, pare de reclamar, pois teremos uma aposentadoria ótima e não precisaremos usar fraldas geriátricas não. - debochou Vassorilda com gracejos e gestos.
Nesse momento ambos observam ao redor e percebem que é necessário começar o projeto limpeza naquele local. Eles se entreolham e entrecortam seus olhares para se comprometerem com o que se chamaria de grande trabalho. Não bastava numa linda manhã de inverno cumprir seus afazeres domésticos, no entanto precisavam estabelecer a ordem e mostrar suas verdadeiras habilidades.
Infelizmente, a pior parte da festa tinha ficado para eles: a reconstrução do local sem nenhuma sujeira. Eles sabiam que seria árduo, mas nasceram e foram treinados para aprimorar e melhorar aquilo que não se encontra bom. Mesmo achando fiapos de tecidos, bebida e comida pelo chão após o show de Jacqueline com Francisco Torrão na pista de dança.
- Realmente, Zezim, o casal que estava bêbado fez a maior festa e ainda contribuiu para enobrecer o vestido produzido por Victor Valentim. E isso foi o maior ti ti ti.
A conversa não parava entre eles. Parecia mesmo um maior ti ti ti. Um precisava do outro para aplicar a famosa limpeza e deixar tudo brilhando e cheiroso. Assim, com muitos afazeres, cantando e saboreando aquilo que sabem fazer de melhor: limpar. Ambos não sabiam, mas já eram considerados os funcionários do mês na arte do bom acabamento, uma vez que eles faziam tudo com muito esmero, amor e delicadeza. Varriam dali e pegavam lixo daqui para enfeitar o recinto, embora soubessem que, na verdade, contracenavam com o grande elenco da novela.



sábado, 7 de agosto de 2010

Cràcrêcó do Saber



Deixe eu soletrar seu dicionário
e formular o cràcrêcó do saber.
Deixe a gramática
fazer suas próprias orações
e a linguagem – através da glote –
encher de emoções a glosa.





O cràcrêcó
tirou boa nota
amarela igual ao canário
que precisa ler para crer
por causa de suas ações.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Fibromialgia





Crônica doença,
dores generalizadas,
fadiga contínua.









quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Invejidade













Possuir, desgosto
deflorado pensamento
causa-me invídia.


quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Vaso Inglês


Seu estilo barroco britânico,
trabalhado em alto relevo,
apresenta sutilmente
um vento noturno
que tem um triste hábito encantado
de vagar dando voltas e voltas
numa igreja, lentamente.
Toda sua forma poética o surpreendia
num maravilhoso toque de porcelana, imaginário
com profundos suspiros, eu o suspendia
com seu inglês erudito e literário,
cantado por um canário.
Longe dos olhos, longe dos corações
suas nódoas frisaram os meus pensamentos
que estavam em todas as ilhas
lindas canções proféticas.
Minhas ações vagam ao tocá-lo.
Será grandiosa e magnífica imaginação?
Seu Big Ben desenhado acorda-nos
em sua majestosa sinfonia.
O que diria a Rainha Elizabeth II
em seu grandioso discurso e pronunciamento?
Será que a Coroa e a Monarquia,
estruturadas há séculos,
encontrar-se-ia bem numa Real pintura?
De origem anglo-saxônica,
originando línguas,
múltiplas ações
para a nova ordem de Estado,
leva-se também sua cultura em tinta,
gravura de conhecimento
e valorização da nobreza e cultura medieval.



terça-feira, 3 de agosto de 2010

Escravos de mim



estão presos a mim
amarrados
fora do eixo
indispostos
sem querer
e obrigados a me aturar
a ficar noites sem dormir
por mais organizados
controladores
manipuladores
opressores
em busca do desespero
da ânsia e da força de vontade
pressionam excessivamente
mas se escravizam
engolindo-me
aturando-me
e fazendo-me evacuar em fezes
em detritos e urinas
pois são únicos votos merecidos
e diluídos a pó e escarro
que os competem
por isso não merecem pontuação
nem letra maiúscula
somente palavras de solidão
e grandes gases estrondosos
para se alimentarem
e nutrirem seus corpos
já que andam em bandos
desorientando o povão.




segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Não escrevo...




Não escrevo.
Escrevem-me e eu vivo.
Assim, revelam-me
e percebo que estou vulnerável,
mostrado, notado, descoberto
para um novo mundo,
para uma nova história
na qual sou o protagonista
e o leitor daquilo
que já foi gravado em letras.




domingo, 1 de agosto de 2010

Abduzir

Abduza-me de desejos,
segure forte meu sexo,
deixe o frenesi crescer
e se aprimorar.
Arrebata-me possuindo-me
ferozmente
com teu jeito gostoso de fazer:
sexo no sexo e pelo sexo.
Ejacule-me para eu te molhar todinho,
pois quero derramar meu elixir
no teu precioso templo do Espírito.
Assim construiremos juntos
o verdadeiro anelo.
Atente minha alma
que sangra em demasia.
Como pode ferir-me
com lanças de gozos?
Não há cicatriz que perdure
a ausência execrável
dessa paixão obcecada
que tenho por ti.
Volúpias se engendram
magnificamente.
Assim nossos laços
se desfaz e refaz
no mais lauto prazer.
Penetra-me pervertidamente
pois quero viver intensa
submissão sexual em cenários estilizados.
Aprisiona-me com teu ar sedutor,
asfixia-me completamente
a ponto de me exilar
num sórdido bordel
à beira-mar onde começa por descobrir
minha sexualidade.
Sucumba-me a seu charme boêmio
pois toda palavra, toda cena,
cada gesto é estudado,
naturalmente
para nos levar ao Paraíso.