segunda-feira, 30 de agosto de 2010

No laboratório

Vozes murmuram e gritam em meus ouvidos paulatinamente. À medida que escrevo percebo moças e rapazes dialogando e fazendo questionamentos que fogem à realidade. Sinto-me retraído com cada som e cada palavra quase torpe que sai da boca de desconhecidos. Transeuntes navegam na internet em busca do bel prazer e pesquisam pronomes: possessividade, nomenclaturas, agitação e adjetivos que correspondam com suas devidas formações acadêmicas.
Quando sinto que tudo irá acabar, novamente as linhas escritas moldam a sabatina para recomeçar um novo momento. Computadores e estudos filosofam com afinco, uma vez que as pessoas em minha voltam buscam aprendizagem, conceitos e definições para compreenderem melhor o mundo escolar no qual o rodeia.


Cada minuto e segundo tornam-se prazerosos assim que o mundo virtual é descoberto: músicas desencadeiam diversão e alegria. Realmente é puro entusiasmo!




Enfim, buscar algo que propicia divertimento, riqueza de vocabulário e conteúdo é o que quase todos procuram mesmo que inconscientemente. Essa loucura vocabular surgiu de onde? De um consultório médico de um urologista? De uma aula de inglês no Instituto de Educação de Nova Friburgo? Das mechas lindas dos cabelos de Maraliz – grande deusa da mitologia friburguense? Num churrasco no Country Club? Num café literário organizado pela direção? Num sarau parnasiano? Numa missa? Num culto evangélico? Num programa eleitoral para governador e presidente? Num comício em Olaria? Num centro de macumba? Numa reunião de pauta de um jornal famoso? Numa praia? Num bate-papo da UOL? Numa sauna? Num consultório dentário? Ou isso tudo é simples ânsia? Que um dia vejamos a rosa no Rosa e a pessoa no Pessoa e descubramos Drummond nos entorpecendo gradativamente e nos fazendo aprimorar mais e mais nossos conhecimentos. Cabe a nós desvendarmos a enquete com meros e grandiosos palpites.

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