sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Germinado

As flores estavam na janela. Vi-as.
cautelosamente suas pétalas douradas, volumosas,
cercadas por pedras, estercos, terras jactanciosas
de espinhos malignos envolvidos durantes os dias.
Ora parecia uma dama, ora uma serpente,
com sua beleza ardente,
que prateava a descrição da vida
em prantos, transformaram-se em arte colhida:
como semente de rosa púrpura desperta
um imenso caule com pintas verde-claras
com folhas escuras e ásperas
germinadas na grega abertura feita em parede.
Quando molhadas, aos poucos,
parecem bolhas exuberantes de curto saber e essência.
Enriquecendo-as devagar enquanto vocativo:
- Violeta, dê vida ao meu jardim!
E tudo se renova,
aspira-se a um deleite majestoso
e adverbialmente tropical.




3 comentários:

  1. que lindo escrito ...
    é meu sonho desta época de vida.. aos 42, quero muito mudar radicalmente e ir para o campo ...
    (nem precisa ser o campo, mas para uma cidade menos, onde eu possa morar em uma casa e ter um jardim e uma horta e um pomar>...)
    rsrsrs .. seria pedir demais da vida?

    ...

    querido .. adorei teu espaço ..
    um abraço ...

    ResponderExcluir