terça-feira, 7 de setembro de 2010

Independência ou morte?!


Independência do ego,
daquilo que prende sentimentos
e nos liga um a um
para nos mover, comover
e nos transformar num lindo elo coesivo
onde você será meu conectivo integrante
e eu seu adjunto adverbial concessivo.
Juntos entrelaçaremos
nosso amor piegas
dos folhetins romanescos
e usufruiremos de coordenadas assindéticas
para jamais deixarmos de nos tocar
e apimentar nossos desejos carnais
em diversas posições e ações verbais
e não-verbais,
pois o importante será a simbiose
que existirá em nós
para adjetivar e substantivar emoções.
Assim, emocionados nos envolveremos
num belíssimo mosaico
para nos fortalecer e juntar,
à medida que nos aproximamos,
o quebra-cabeça dessa paixão cíclica.
Já que não se mata por amor
nem o horror das desilusões compassivas de fel
nos faz unir num verdadeiro sintagma de prazer.
Você diz , desdiz e se contradiz
em simples imagens de cabaré
causando, enfim, grandes devaneios loucos.
Pensamentos querem não mais existir
mesmo viciado em aplacar
momentos eróticos em outros cantos funestos.
Quero a tua carne na minha carne
para não enlouquecer de vez.
Quero sentir seu gozo me ungir
e me untar de mel.
Puro berilo!
Grande esmeralda a brilhar
mas que se perde com a mentira
e com o descaso indiferente.
Nossos corpos juntos seriam um,
todavia seu medo apavora-se
com cada desmedida
e fértil imaginação.
E tudo se desvia do eixo
a ponto de pensar em formatar anseios e alicerces
a fim de edificar-me e não me prender jamais à morte.
Cada vez que suas palavras são proferidas
tudo fica enternecido
e se abala pouco a pouco
alvoroçando num metacronismo infindável
que perturba meus sonhos.
Minhas preces sucumbem
ou precisam se reinventarem.
Filosofias e religiões não trazem respostas
mas aliviam o coração.
Sua ausência dói
E mesmo com dor gritá-la-ei:
Independência ou Morte?!



  

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