quinta-feira, 22 de abril de 2010

Brincando com a lua


Num quarto de hospital     vê-se como o céu      encontra-se estrelado e como a lua abrilhantava toda constelação em sua volta. Tudo era admirável, enlouquecedor e eloquente. Sim, eloquente. A lua emanava saber, força e criatividade para escrever. Já se viu tantos poetas mencionando-a como lamparina natural que guia os amores, os desejos carnais e o coito ardente dos animais.
Realmente havia uma beleza na qual se transbordava alegria, pois aparentava ser a ocasião certa para se colher melhores sentimentos, verbos e advérbios. Embora tudo fosse mágico, as palavras brotavam e se perdiam pouco a pouco.
Com o poder da lua, o obscuro transformava-se em claro. Que magia vinha dos enamorados! Será puro êxtase? Sonho? Meras quimeras? Ou foi um pequeno cochilo de uma linda noite excitante, estonteante com pouco frenesi? Não se sabe ao certo. Só interessa-me deixar que este feitiço lunar transpasse a alma e atinja ao coração com toda sua magnificência. Mas de antemão já lhe digo que essa lua para ti é esta para mim. Cabe a ti demonstrar a posição certa dos pronomes. Ela é minha. Ela é o meu eu, o amor que não vivi inteira e verdadeiramente. Agora sem fases, sem dor, sem utopia e realidade, já que somos capazes de (re)inventar o que se encontra ao nosso redor, mesmo que seja simples encanto.

Um comentário:

  1. O que é a lua? Senão luz que ilumina nossas noites e torna mais claro nossa real existÊncia...faz-nos sonhar, delirar, AMAR...
    parabéns amigo...pela sua sensibilidade, e transparência a nos escrever tão belas tessituras...

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