quarta-feira, 7 de abril de 2010

O vazio do sono



No escuro um vento começa a soprar forte
agitando as ondas do deserto.
Dois ou três faróis, engrossando as dunas,
estavam cobertos por uma espuma vermelha,
e como cintilavam em poesias
rimadas aos “clichês” de cabaré,
encantava ao pescador
com seus gestos.
Uma flor de acácia cai levemente na água.
Movendo-se a milhões
e milhões de raridades secretas e duras.
Última esperança do mar negro!
O sono vagava feito miragem,
a areia volta e o vazio retorna de mãos atadas.
São as flores de leandro, os hibiscos, as rosas...
Todas cresceram incessantemente
Nas paredes e muros do oásis,
cujo vento leva de roldão a areia.
Enquanto vento amaina e o mar aplaina,
o vazio desaparece
e lentamente acordo
em meu quarto caído no chão.

Um comentário:

  1. A PERSONIFICAÇÃO CONFERIDA A DETERMINADOS ELEMENTOS É IMPRESSIONATE .

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