sábado, 13 de novembro de 2010

Angústia


A música toca na rádio.
São três e cinquenta da madruga
e busco dentro de mim
explicações para as grandes veredas.
Penso, reflito todas as melodias.
Há momentos agitados,
o galo canta impulsivamente.
- Eta baiana porreta!- dizia na radio.
Fico em silêncio,
porém minhas entranhas
parecem um comprimido efervescente.
Angustia-me toda vez que medito
E vejo que não sou nada.
Sei que do pó nasci e dele voltarei.
Quero gritar!!!
Será que estou louco?!?!
Desejo viver.
Como sair agora desse ser que só vegeta?
Não consigo explicações
para tal proezas.
Entretanto, sei realmente que nada sei.
Será que um dia
sairei dessa areia movediça?

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