Mais uma nota para alcançar uma oitava. Situação complicada, complexa, pérfida e cheia de dinamite. Pura nitroglicerina que se transforma em Hiroshima. Um grande momento pluralístico repleto de emoções se construía na metáfora do violoncelo de Tardin (meu personagem na construção de uma (quase) narrativa, pois não há histórias e para subir um tom requer dom, artimanha vocal e expressividade com as frases feitas: não tem escolhas porque está condenado a mais um refrão. E assim se refaz a canção que na cidade se ouviu e se fez existir. Meu violoncelo se quebrou, partiu-se ao meio com desamor, desalentos e com promessas não cumpridas, com os loiros metamórficos num prolixo entoar de notas, num falso cantar destroçados pelos açoites musicais.
O paralelismo se mostra simetricamente à medida que tudo se desfaz com a aproximação da morte do verdadeiro acorde sonoro. A linguagem se torna ébria, se mistura a ficção para se autodespedir e despedir do mundo exterior a sua volta. Agora a prosa abraça os versos para numa bela simbiose mostrar o simulacro do adeus, visto que algo que existia se desfez, se corroeu e se perdeu numa grande ambivalência.
Ainda resta, nesse exato momento, uma voz que prende imageticamente a uma tessitura. Ela mata, aprisiona, degenera paulatinamente meu canto. Não há mais cantar, pois tudo se desafinou por completo após a emoção acabar. Grande coincidência sonora distribuídas em sete notas musicais! Tudo em busca de uma oitava, de um tom acima, de um amor nada solitário, que fora sucumbido e perdeu a direção. Onde está Tardin neste momento com seu instrumento de cordas a tocar? Foi-se. Traiu-me com a oitava nota, aquela que modificou o acorde com palavras menos amenas, e me deixou a mercê do poder dos desvalidos.
Enfim, houve um momento em que eu pensava no amor entre cordas e instrumentos, entre melodia e canção, entre imagem e tecido musical. A partir desse instante estou só, incomunicável por não deixar meu coração encontrar um novo arranjo musical. Parece um réquiem a me esperar e assim morro para mim mesmo, na mesma música que se repete pouco a pouco numa única composição artística, numa verdadeira e linda peça musical, que se harmoniza no silêncio.
Como poderia o menino ser o pai do homem, dos filmes engraçados, dos palhaços que pintam a criatividade e a imaginação? As bodas poéticas nasceram para unirem Eros e Psique lírica e majestosamente num elo sígnico que dá vida ao Monte Olimpo. O sol bate na porta, no céu brilha uma luz, que reluz seu olhar. Uma bailarina beija meus lábios, sua dança me seduz, na relva, com lágrimas de Aurora que neste prado vê brotar minhas metáforas.
Caríssimos leitores, há outro blog para apreciarmos e seguirmos Tessistura Poética com postagens de diversos colegas blogueiros e novos blogueiros. Confiram este espaço e dê aquela forcinha.
Abraço,
Jasanf.
A ira do teu rosto me causa medo de viver O seu orgulho assusta-me em grandes ânsias metafóricas A sua avareza transforma o meu querer em solidão A gula dos teus beijos me inspiram a sonhar Sua luxúria propaga os desejos mais intrínsecos de minha alma Pura carne selvagem! A tua preguiça gera devaneios loucos e assustadores
E a inveja do teu corpo inspira-me a te venerar sempre Será que irei para o inferno por te desejar?
É mister estamos juntos para brindarmos mais uma construção, mais um momento sublime de êxtase supremo de poeticidade que permeia contagem de tempo, fração de segundos, metáforas afora para enaltecer o companheirismo entre colegas blogueiros.
Sem a presença constante de grandes blogs e grandes colegas leitores esta caminhada não teria chegado até aqui, mas tudo indica que ela pretende ultrapassar barreiras, ganhar estradas da vida, nos bailes e nas canções entremeadas pela função metalinguística da linguagem. A todos que passam por aqui, de alguma forma, meu carinho e afeto.
Quero agradecer a todos que leem meu cantinho e que esteve nele deixando sua marca e saudar a colega CatiaBosso, e sua filha Lívia Garcia, pela homenagem poética feita em acróstico. A ambas meu carinhos e minha sensibilidade, ofereço.
Jasanf
Oscilar é algo comum na trilha do escritor!
Seus artigos, textos, poemas e afins,
Muitas vezes simulam atitude, Instigam desafios e alçam plenitude. Lucidez se distancia dele a olhos nus...rsrs...
Lacunas nas idéias? Sempre ausentes! Escolhas de atos a serem degustados Centralizados e refletidos... Talento ou Design? Complexidade! Ostentar uma luz muito brilhante, Requer disciplina e carisma Estou a falar de Jasanf e seu blog... Siga você também...Já Somos Mil (1.000)... (Catia Bosso)
Otimo Super
Maravilhoso Interessante Legal
Lindo blog Espetacular Completo Ternura Obra prima Real Especial Sensacional (Livia Garcia)
A articulação de sons engendra ruídos sonoros que mostram os movimentos dos lábios entrelaçado a uma (quase) metáfora, palavras emitidas por algum interlocutor que são captadas pela leitura e interpretadas por uma mera sessão lábio inferior movimentando-se ao superior.
Nele há a presença da capacidade de uma intuição, de reflexos harmônicos que pronuncia o tom melodioso. É de transmitir inveja a quem não possui o aparelho. O que você faria com um leitor labial?!
Os bastões suavizam a linguagem, as almofadas descansam o som recatado, encantado, sintonizado de uma tessitura brilhante. O homem determina sua propriedade com precisão e canção serena para entorpecer quem vagueia alameda a fora. Ele não tem salário nem emprego fixo, fica a tocar nas ruas ao som barítono de um saxofone. Os transeuntes ficam embevecidos com a tênue partitura estimulada em frações matemáticas num exuberante dó-ré-mi, que se refaz e desfaz nos segundos musicalizados.
Troca-se um violoncelo quebrado por um violino ou piano, mas que possa encher-me de alegria, entusiasmo e esperança, que não seja meio amigo nem inimigo inteiro, que transmita uma tessitura plena, com magníficos acordes, com exuberante capacidade de alcançar oitavas bem altas para que possa afinadamente recriar o belo e o amor que se esvaiu e destruiu com a acústica baixa de um instrumento danificado.
Dando tempo de mim... Cansei dos meus cabelos compridos com pontas duplas e pele ressecada. Desisti dos péssimos batons, das tensas maquiagens que me transformam num avatar. Percebe-se o poder da alteridade em mim, das volúpias imagéticas, da libido no auge e do pisca-pisca flexionando emoções para criar uma cantiga. Valsai, valsai, valsai minha imagem refletida, valsai nesta contradança animada que me transforma em outra figura feminina, que contagia e se desespera com os elos enamorados, mas que valsa a todo momento. O movimento em pares transforma-se no signo das letras, no chacra escondido no meu coração, na melodia suave que desperta nosso encontro a dois, nossa circulação pelo salão moldando nosso amor numa linda colcha de retalhos dançantes. Valsai, valsai!
Dessa vez surgirá em alguns dias de primavera, onde parafusarei ideias, repensando sintagmas sem hesitar em retornar as palavras dos abutres do mês de julho. Já que eles insistem com suas falácias e desorientar pessoas a fingir e a fazer ligações por celulares, criando imagens do gênero:
- Rominho, amanhã tem mais? - perguntara um discípulo após ter mencionado o contra-ataque, no dia cinco de outubro de 2008. Mal sabia ele que tinha escutado e que agora teria o privilégio de usar esse nome.
Carros passavam de um lado para o outro enquanto encontrava-me no portão. Eles configuravam olhares maledicentes ao chamar a presa para uma emboscada. De repente um jovem aparece com um celular com intuito de fotografar a imagem daquele que estava parado ao portão, no entanto num piscar de olhos um vizinho já embriagado sugere que entre, pois naquele momento nada parecia seguro.
Uma voz de mulher grita notoriamente que foram 22 dias espionando, vigiando e se concentrando na destruição dessa imagem. A grande pergunta que não se quer calar é: quem são os autores e criadores desses momentos? Como começou? E como chegou ao meu pensamento?
No dia seguinte era domingo de eleição. Mas na segunda-feira recomeçam as mesmas vozes a falar. Peres (nome de minha personagem de ficção para compor a autobiografia e a realidade) é o dono da primeira voz que escutei. Foi quem mencionou palavras de todos os âmbitos para conduzir a gênese homofônica e quem deu vida ao espetáculo engendrado de lótus e laçinhos cor-de-rosa. Palavras de traição, de afeto, de falsa preocupação e até mesmo bíblicas exclamaram-se de forma execrável e inexorável durante a madrugada adentro. Lembro-me de cada tom, de cada sílaba e das imagens corridas dentro do cinema, à tarde, e do encontro que tive com o primeiro malfeitor e sua namorada no final da sessão cinematográfica, onde pronunciara a frase de efeito “Amai-vos uns aos outros”.
Infelizmente, não quis dar atenção nem parar para cumprimentá-los. Confesso que o filme “Bezerra de Menezes, o Diário de um Espírito”, com Carlos Vereza não tinha me feito bem. Ao sair da sessão resolvo fazer um lanche na praça de alimentação e lá, orientados pelos abutres, as pessoas riam, confabulavam e fingiam empregando palavras de destruição.
Não é à toa que hoje enfrento nos olhos, pois não me permito mais adentrar nesse universo onde criaram um louco. Se a loucura quer falar agora, que seja por escrito, que dê nome aos personagens para mostrar que a história que conto, sei de cor e salteado. Não empregarei o mesmo advérbio para dizer que esqueci, também não vou me desenganar que este texto não seja a primeira pitada de vingança porque se tive que inventar nomes correlacionados às pessoas reais, é para ter a honra de não cair na frase feita: “Você tem como provar?” e para evitar situações constrangedoras com tais pessoas. Até porque processos são fatos inacabáveis e descubro que, do meu jeito, estou pronto para a guerra.
Cada dia que passa descubro que sou a fortaleza pronunciada por Peres um dia. E que os jogos não me assustam mais e que a escrita é meu refúgio, minha válvula de escape para seguir a regra que dissera para mim no dia primeiro de janeiro de 2009. Agora dou as cartas. Que estejam Anas e meu favor, grandioso nome simpatizante que me persegue. E demorei em descobrir isso.
No dia sete de outubro de 2008, numa terça-feira, tinha orientação na Universidade Federal Fluminense, às 14h. Lá me deparo com uma mulher monstro: gorda, cabelos presos, vestida de marrom e bem paramentada esperando meu orientador na época com seus orientandos para conversar com ele. O mais estranho é que uma pessoa estranha (um abutre apropriado) disfarçado de namorado se encontrava ali para assistir uma aula de orientação de dissertação. Se era namorado mesmo por que estava assistindo a aula e anotando tudo que se encontrava no ar para construir um cenário pictórico depois?
O mais engraçado que antes dele chegar pensei que iria perder a orientação do meu saudoso professor, mas ele depois de ter conversado com a tal mulher-monstro, dissera para mim: “Confio em você!” e acrescentou “Sei do teu potencial e da mentira deslavada que te ronda”.
Só me lembro de ter pegado no ar as falas dos abutres:
- Vamos pressioná-lo aos extremos!! - dissera um deles antes da aula de orientação, no bandejão, ao conversar com uma mulher contratada (que se dizia pedagoga) para durante a minha saída na rua pronunciar palavras que foram ditas durante a aula e empregada por Peres e a segunda personagem, que chamarei de Tardim, meu grande amor.
Anoitece. Passo no Plazza Shopping, em Niterói, para fazer um lanche. Começa a observação. Um gordo observa quanto tinha na carteira ao pagar a conta do lanche, pessoas se divertindo e se preparando para iniciar todo o processo destrutível.
Saio do shopping. Vou fazer a cópia de uma chave para entregar a alguém. Em seguida, vou para o ponto do ônibus. Lá meu destino será Piratininga. O 39 chega lotado e com o cenário montado.
O mais estranho que a mesma pessoa que tinha vindo comigo às 7h estava também dentro do ônibus que iria me levar para Piratininga. Sentei-me ao lado dele. Roçou a perna em mim e me olhava estranho. Tenho a imagem dele até hoje. Mais um abutre. E confesso que já o vi em Nova Friburgo todo fardado numa loja e num carro prateado nesse ano.
A viagem continua intensa e cheia de emoções. Pessoas falam ao mesmo tempo e não se consegue distinguir suas palavras. Desço um ponto antes do final. Mas antes ameaço descer num ponto estranho e a pessoa do meu lado se levanta, com mais dois, um gordo e um magro respectivamente, e descem depois que fiquei em pé. Meu ponto chega e desço afinal.
Atravesso uma ponte de madeira para chegar ao meu destino. Percebo que estou sendo seguido novamente e que havia um táxi branco com uma pessoa dentro. Parecia uma. Não dava para ver o indivíduo lá dentro.
Finjo entrar numa rua estranha e o táxi pára a frente. Não havia iluminação. Tudo parecia um breu. Depois entro na rua que sempre ia todas as semanas. Abro o portão e os latidos dos cães começam. Os animais vêm a mim numa felicidade passageira, brinco com eles e um momento raro e divertido começa.
Entro dentro de casa, cumprimento quem se encontrava nela e vou para o quarto deixar minha mochila preta e me preparar para um bom banho. A dona da casa parecia se divertir em seu computador. Cumprimentou-me com carinho de sempre e me perguntou logo se tinha feito a chave. Disse que sim. E a entreguei no segundo andar.
A partir daí vou à cozinha beber água e depois vou para o quarto me preparar para o banho. Tiro a roupa suada do dia. Trajava naquele momento uma camisa roxa e uma calça jeans. Entrei no boxe. O chuveiro caía profundamente sobre mim. Num pequeno frenesi lavei-me demoradamente. Comecei a pensar nos fatos ocorridos naquele momento e nas imagens que tinha visto e escutado.
Quando estava no banho a campanhinha toca e a dona da casa vai atender alguém no portão. Eles sabiam que eu estava no banho porque antes nada tinha feito barulho.
Escuto a voz da mesma pessoa que estava sentada ao meu lado no ônibus, visto que já era familiar e gravo bem a tonicidade de quem se fala. Graças a Deus tenho uma audição apurada, embora enxergue e cheire não muito bem. Algum sentido tinha que ser melhor do que o outro.
E o palco foi montado. A Senhora Loucura surgiu naquele momento como minha companheira inseparável. Cortei-me com um presto barba mãos, braços e pernas. Estava fora de mim e sem a presença da Dona Razão para me trazer discernimento e luz aos meus olhos. Tudo se escureceu e se fechou completamente. O breu da noite caíra e se juntara numa perfeita e chocante simbiose.
Acordei às dez horas da manhã. A chave da porta não se encontrava ao meu lado. Tinha desaparecido. Alguém durante a noite após os gritos tinha entrado para me fotografar e para modificar o ambiente. O berço que aparentava inteiro quando dormi estava quase todo quebrado, desmontado. Lembro-me de tê-lo arrastado antes de me cortar. Mesmo sendo arrastado, ele estava inteiro. Foi a pior noite que aconteceu. O indivíduo do táxi entra na casa com outras pessoas. Um coro de vozes é pronunciado durante a madrugada adentro. Antes de me cortar num imenso e terrível desespero faço quatro ligações. A primeira foi para minha casa e a pessoa que atendeu não acreditara em mim. Disse que fui seguido até Piratininga, mas achou que era um trote ou brincadeira de mau gosto. A segunda pessoa disse para eu ir conversando com a dona da casa para ver se eu me acalmava. A terceira e a quarta pessoa não atenderam minha ligação.
Depois de muito gritar durante a noite, num sofrimento árduo e enlouquecedor, apaguei-me profundamente. Sei que os cachorros foram presos no canil para outros entrarem. Ao amanhecer, todo ferido e com a pele ardendo devido aos cortes, escuto vozes de pessoas rezando e conversando na sala. Encontrava-me trancando no quarto e a tal chave que deveria estar ao meu lado tinha desaparecido.
Levanto-me e tento procurar a chave para ir embora, porém não a encontro. Sento abaixo da janela e as duas vozes que tinha escutado em casa voltam a falar. A primeira, como na outra vez, foi Peres, dizendo palavras de conforto e me pedindo desculpas. A segunda foi Tardim dizendo que me amava e que eu era importante para ele. Em seguida solicitava em soluços para eu esperá-lo e me pedia perdão.
Naquele momento sem entender nada chorava muito. E escutei a voz de minha mãe dizendo que me amava muito. Ela pedia para eu parar de chorar, que tudo iria ficar bem.
Depois a quarta voz foi a dona da casa dizendo onde estava a chave. Como ela sabia onde se encontrava a chave? Já que tinha a deixado ao meu lado, perto do travesseiro. Foi só ela dizer onde estava que eu saí, ainda fora de mim, do quarto.
A quarta-feira, oito de outubro foi longa. Muito. Os melhores detalhes da festa sórdida e homofóbica começam agora. Saio do quarto e bebo água. Culpo Deus e o mundo naquele momento, xingo, falo horrores com a dona da casa. Junto todo material de estudo, roupas, acessórios e apetrechos: a mochila preta lotada e duas bolsas de papelão com pastas amarela de elástico.
Junto tudo e vou a um posto médico que havia ali perto. Lá encontro a mesma pessoa que sentara perto de mim no ônibus. Ele desaparece num piscar de olhos. Uma enfermeira me atende e passa um produto pegajoso em meu braço. A médica que vem em seguida é sarcástica e irônica ao falar de minhas feridas, entretanto finjo não ouvir, pois sabia que não estava eu meu estado normal.
Faço um escândalo no posto médico ao ver a enfermeira conversando com o tal indivíduo que tinha visto dentro do ônibus à noite. Grito bastante. Mesmo cheio de pomada pegajosa, saio para pegar o ônibus para voltar para a casa.
No meio do caminho encontro-me com a dona da casa que estava. Ela me pedi as chaves da casa e me diz para nunca mais voltar lá. Tanto obedeci que nunca mais voltei lá. Hoje vejo que tenho que desobedecê-la para escrever mais e mais.
Depois que entrego a chave, ela me pergunta para onde vou. Digo não sei. De repente, em pensamentos, digo que iria para Petrópolis ou que iria desaparecer do mapa.
Ao chegar ao ponto do ônibus, vejo novamente a mesma pessoa que estava do meu lado dentro do ônibus e que se encontrava no posto. Xinguei muito. Tenho o rosto dele cravado na minha mente e já o vi neste ano quando saíra do Colégio Dermeval num carro prateado. Será ele uma das pessoas que me ameaça de morte? Será que o fogo e o ácido que se encontram na moda serão usados pelos abutres? Eles afirmam sempre que irão me pegar.
Entro no ônibus. Ele lota de passageiros. Começa o joguinho das palavras e dos deboches. Faço um escândalo dentro do ônibus. Muitos me olham apavorados porque viam os corte em meus braços e no meu rosto. Naquele momento parecia um avatar sair de mim. Não era eu. Outra identidade se apossara de mim. Desço no ponto do Colégio Salesiano. A igreja se encontrava fechada. Eu a odiei por nove meses por isso. Odiei igreja e tudo que vinha dela. Quando alguém pronunciava o nome de Deus, ficava incomodado e se tivesse que ser agressivo, seria. Não me importava.
Andei muito. Cheguei à praia de Icaraí. Linda como sempre, mas naquele momento não percebia tal beleza. Não via ninguém. No meio do caminho todos os celulares tocavam orientando pessoas a debochar de mim. Lembro perfeitamente de um grupo de garimpeiros aos gracejos e risinhos.
Entro em outro ônibus. Só tinha uma coisa em mente: desaparecer de tudo que se encontrava ao meu redor. Não queria voltar para casa. Desço no ponto das barcas e vou para o Rio de Janeiro. Lá, em princípio, a multidão de gente me esperava. As pessoas pareciam caminhar tumultuada e propositadamente. Meus passos não eram ágeis nem conseguiam ser rápidos. Parecia que eles me bloqueavam à medida que tentava prosseguir.
Entro no metrô. Sento num banco a espera do meu destino, que até então nem sabia qual seria de fato. Uma mulher senta ao meu lado como se tivesse sido avisada para estar ali. Depois mais uma mulher senta perto de mim. Esta estava toda elegante e parecia uma executiva. O metro para a zona sul chega lotado. E resolvo entrar nele. Lá me encosto-me a um ferro e dois homens gordos horrorosos começam a caçoar e a debochar de mim, falando para eu dançar na barra de ferro.
Saio do metrô em Botafogo. Vou para um ponto de ônibus em frente ao Botafogo Praia Shopping. O dia estava chuvoso. Mesmo com guarda-chuva dentro da mochila preferi não usá-lo. Fiquei na chuva, pois precisava dela.
Quando o 126 chegou fui direto para a Rodoviária Novo Rio. Nem sabia para onde ir. Ou se ia mesmo para Petrópolis ou se continuava ali. Não queria voltar para casa de jeito nenhum.
O cenário na rodoviária já tinha sido coberto. Tenho certeza de que minha família estava lá porque liguei para minha casa e o telefone não atendia. Tocava, tocava e muito. Novamente os deboches vinham à tona mergulhados de fel. Tinha gente fingindo ocupações que não era a sua de fato.
Lembro-me até hoje de um senhor de cabelo grisalho, que vi em janeiro em Itaocara, falando horrores a meu respeito. Tive uma crise de choro intenso. Algumas senhoras para me acalmar me deram um copo d’água. Elas começaram a xingar algumas pessoas de abutres. Naquele momento, ouvi as mesmas vozes que estavam em Piratininga.
- Volta para casa! Nós te amamos! Volta para a casa.
Somente lembro que um individuo pronunciara que tinha tantos homens vindos ao meu encontro, que não era para eu vê-los.
Anoitece e resolvo comprar passagem para regressar a Nova Friburgo. A passagem era de número sete. Durante a fila pessoas me olhavam mal encarados. Lembro também de duas pessoas fantasiadas passando por mim: uma mulher vestida de freira e um homem de padre. A mulher tapara o rosto para não me olhar. Será por que ela não queria me ver? Ou eu aparentava ter alguma doença contagiosa?
Todos queria tirar fotos comigo. Eu parecia uma pessoa famosa. Dentro do ônibus fingiam e/ou tiravam de fato. Mudei de lugar várias vezes. Todos me incomodavam. Sentei na escada do ônibus e desci no pedágio em Itaboraí.
Tinha pouco dinheiro no bolso. Nem sabia se dava para pegar o próximo ônibus. Um indivíduo grita do ônibus:
- Vou te pegar depois!
Não sei como chegar a minha casa. Sentia desprotegido naquele momento, mas tinha que prosseguir. Consegui uma carona até Japuíba. Depois fui de ônibus até Cachoeira de Macacu. Lá pessoas mal encaradas me esperavam. Fui a um orelhão e liguei para um amigo. Naquele momento eu disse que meu telefone residencial não recebia ligação a cobrar e que eu estava sendo seguido. Só que não esperei me buscarem, já que apareceu um ônibus. Faltava uns três reais para completar minha passagem. Mas uma senhora que sentava a frente completaram para mim.
Entrei no ônibus e aí começaram os tais aparelhos de leitura labial a funcionar. Com o aparelho ligado eu escutava o próprio eco da minha voz sendo repetida. Eles conseguiam manipular todos os celulares ao redor. Disse para mim mesmo que iria descer na Rodoviária Norte, mas desci num posto de gasolina para ir para a casa de uma amiga minha.
Cheguei todo cortado e esbravejando à casa dessa amiga minha. Passei a noite toda lá e uma voz durante a noite disse para ela que eu tinha que dormir em casa e que faria mal ao filho dela. Ela não dormiu no quarto dela naquela noite e resolveu fazer companhia a seu filho, pois tinha certeza de que ela estava com medo.
Acordei antes das seis horas. Nem sei se dormi de fato. Levantei, fui ao banheiro e essa amiga minha disse para ter cuidado e que o único lugar seguro era o quarto dela. Todos levantaram cedo por minha causa. Minha amiga bateu na porta do quarto dizendo que precisava entrar. Um idiota falou de um aparelho de leitor labial comigo, visto que eu escutava minha própria voz se repetindo. Mexi em todos os objetos. Eu os tirei de todos os lugares, joguei no chão. Nem sei se algo se quebrou. Só me lembro de xingar novamente.
Minha família chega naquele local. Meu irmão me faz um questionário e em seguida escuto o mesmo barulho que havia dentro do ônibus. Só lembro que ele mencionou que ali estavam as únicas pessoas que me amavam de verdade. Foi a primeira coisa que ele disse quando me viu. Ele disse que eu tinha que ir ao médico. Então solicitei para minha amiga ir junto comigo para a Unimed. Demorei a ser atendido naquele hospital. Depois me internaram e um psiquiatra veio falar comigo e me medicar. A partir desse momento nem sabia mais o que era real e o que era puro delírio.
O mais interessante que a mesma pessoa que se encontrava em Niterói e no posto médico em Piratininga também se encontrava na Unimed. Será por quê?! Ele dizia que iria me dar uma coça e maltratar minha mãe.
Voltei para a casa. Entrei de licença de quinze dias no trabalho para que as feridas físicas cicatrizassem e vegetei durante nove meses. Puseram-me numa dimensão que hoje a chamo de X. Abandonei pessoas que me amavam e me afastei do mundo real. Haldol e akineton foram os medicamentos que tomei ¬¬__ e ainda tomo __ naquele momento para me acalmar e me colocar no eixo.
Custei fazer as pazes com Deus, mas em agosto de 2009, estimulado por uma amiga, li o livro Quando só Deus é a resposta, de Márcio Mendes. Foi o primeiro livro do ano que li, pois não tinha paciência para me concentrar para ler. A leitura me cansava bastante. Foram três dias lendo a obra e consultando a bíblia juntos, pois fazia referências e citações.
Naquele momento, por conta própria e sem comentar com ninguém deixo de tomar os remédios. Só lembro que engordara muito os tomando. E em dois meses emagreci os tais quilinhos a mais. Nem sei da onde brotava tanta animação e entusiasmo.
Após a leitura do livro resolvi fazer caminhada, dormir menos e acordar para vida. Mas no primeiro semestre do ano de 2009 nada me incomodava nem abalava. Vivi como um zumbi, um morto vivo naquele momento. Pensei que tudo que tinha me acontecido não era verdade, pois todos mencionavam ao contrário. Teve gente ainda que incentivou a minha loucura e tive que cortar os vínculos, já que uma ira e um ódio descomunal existiam.
Passei o ano conversando com a mesma pessoa. Todos os dias praticamente nos falávamos, mas naquele instante era a única que me fazia bem de verdade. Fechei-me por completo até agosto, pois não tinha resposta suficiente para o que me acontecera de fato, mas no dia 13 do mês oito alguém me disse alguns por menores ao telefone. Aí fui perceber tamanha falsidade e que a famosa frase “meio-amigo é inimigo inteiro” vinha ao meu encontro. É fácil lidar com o inimigo, pois de acordo com o movimento antropofágico, nós o devoramos para tirar o proveito de sua melhor essência. Agora o “meio-amigo” não sabemos onde ele se encontra de verdade.
Como disse me encontrava animado. No trabalho fiz o famoso café literário e dei o grito de independência. Mas em novembro cheguei a afirmar para um amigo que estava sendo seguido e no dia oito de dezembro em Niterói os abutres aparecem novamente. Invadem meu espaço, minha casa, minha família, meu trabalho, meus amigos e começam a jogar pessoas contra mim. Nunca revi tanta gente. E olha que cheguei a pensar que tudo tinha sido mentira, mas que os fatos só vieram a dar respostas e mais respostas.
Passei o primeiro semestre de 2010 no município de Itaocara. Confesso que eu precisava de mim, precisava de outra religião e abraçar outros horizontes filosóficos. Minha família itaocarense foi o meu refúgio. O mais interessante que os abutres alugaram locais estratégicos para me controlar e manipular tudo que havia ao meu redor. Eles me acompanham onde quer que eu vá. Como que os cofres públicos são gastos numa perseguição implacável? Mas agora perdi o medo. Estou querendo de fato enfrentá-los. São as mesmas vozes todos os dias, mesma tonicidade orientando e desorientado pessoas a fazerem ligações e ameaças. Isso mesmo eles ameaçam sempre. Todos os dias e em qualquer lugar que eu vá.
Vocês acreditam que eles se manifestam nos locais que trabalho? Só que a eles agora somente cabem a morte eterna e nada mais. São vermes citados num poema antigo.
Admito: falo sozinho e adoro conversar comigo mesmo. Sou meu melhor amigo e mesmo assim, conhecendo-me ou não de fato, descubro que dou as cartas de minha vida, que o meu destino encontra-se na minha mão. Então para quer temer? Não é fácil se vestir para enfrentar um mundo onde especula e veicula preconceitos e pré-conceitos. Estou numa guerra e descobri que sou forte e bom de briga e que o inimigo, os que chamo de abutres, são as pessoas a quem realmente desejo atingir. Mesmo que digam, religiosamente, que ele não é desse mundo. Mas de fato sou um vencedor e pretendo vencer todos os dias. Então retroceder nunca, render-se jamais! Já descobri a tática dos abutres e suas devidas artimanhas. Agora é esperar o contra-ataque. E verificar que tudo passou de um grande pesadelo.
É delicada a beleza das flores, dos deuses e seus amores, das borboletas voando no céu, são pétalas de rosas unidas para embelezarem a vida e trazerem espinhos tenebrosos de tensas sinestesias. Ah! São as metáforas que provocam o belo, pois a beleza dos fatos pouco a pouco se revelam mostrando a literariedade em forma de poesia e fazer da vida uma fina flor.
Vai-te amor pelas estradas da vida, leve consigo minhas poesias entremeadas de flores do campo, de carinho e de amor, com muito cheiro suave de alecrim. Faça com que as sementes jogadas ao léu brotem o louvor e adormeçam a voz do cantor. São fadas, duendes e gnomos, sentimentalistas feito pierrô, que enfeitam as estórias e buscam o Maravilhoso na canção, na magia, na animação e euforia, pois minha metáfora agora é pura fantasia.
As estrelas brilham no céu, persuadindo todos os amores que a elas veneram. A lua deixa-me ansioso, toda vez que a olho penso na aurora boreal, nas gaivotas voando sobre os mares e nos lençóis de diamante das Gerais. Sinto um imenso vazio, pois não consigo achar teus rastros e volto ao pranto e a dor. Artêmis ilumina os astros encontrados em cada metáfora. Ela nasce, cresce, fica cheia e míngua, faz com que palavras sejam ditas por cartas de baralho cigano para enriquecer a sabedoria dos deuses, iluminar os rastros humanos e transmitir conhecimentos conotativos.
Tenho pressa de escrever algo inusitado, numa liturgia cheia de paramentos, onde os sonhos ora sejam encantados, ora suprema realidade, mas ando devagar em pensamentos fugazes com os nós que desatinam e necessitam de força e poder de expressão. Estou perdido nas letras desde a sua partida, desde que o violino parou de tocar a música que poderia ser nossa. Ando rebelde e sem comunicação na construção poética de uma metalinguagem, na criação de um metacenário, na formatação de um ator quase cômico, na confecção de um outro universo paralelo, na gestação de uma nova motivação para não desistir da escrita nem da aparente vida registrada nas linhas e entrelinhas de uma mera poesia.
Por favor, esqueça-me! Não há mais espaço para seu contrabaixo em minha vida poética. Não há mais sintonia entre o pecado e a virtude engendrados loucamente na tua adolescência.
Por favor, esqueça-me! O vazio de minh’alma fora preenchido com um novo conceito, com uma nova história, com novos apetrechos e acessórios sinestésicos, que me elucidaram bastante.
Por favor, esqueça-me! Nossos beijos foram desconectados, deixados num breu, num lugar distante, que se perdeu nas elucubrações e nos falsos entusiasmos. Tudo mofou plenamente e a simbiose se perdeu tenazmente.
Por favor, esqueça-me! Não me faça retroceder ao nada, ao caos e ao pó, pois nossas almas ambivalentes se desfizeram por meio de omissões e traições. Não há mais gozo nem tormento que perdure tamanho desejo. Agora estou com outro amor!
Pausa para falar de gestação poética, de palavras concebidas em nove meses, de primavera agindo em nós, de noivar sentimentos à medida que criamos laços de amor. Todos sabem que são apenas três letrinhas que contagiam, que emocionam, que benzem a criação quando a enfermidade espreita. Seu choro emociona o deus da vida, seu leite alimenta a esperança e produz força para vencer obstáculos nada poéticos.
Seu colo nos aproxima assim que necessitamos de uma relação de contiguidade, de puxão de orelha, de beijo no rosto e no cumprimento do quarto mandamentos de Deus: honrá-la sempre em todo momento e chamá-la pelo nome.
Com efeito, a simetria dessa mulher corresponde aos grandes e bonitos arranjos musicais e nos ensinamentos que perdura a vida toda. Sendo todo dia um recomeço, um reencontro, uma nova lição, uma nova Sherazade a contar estórias fabulosas e inspiradoras para algum sultão, uma vez que é mulher de fibra, entre a beleza, o pecado e o não de Eva e a pureza, singeleza e o sim de Maria, entre as agitações de Madonna e a delicadeza de Xuxa para com seu público infantil, entre a arte culinária e a profissão fora de casa, percebe-se a grandiosa mulher, mista de semiose e poética, de retórica e hermenêutica, já que cada uma é única estrela diante de uma farta constelação.
Por meio de uma presença constante em nossas vidas, pode-se dizer que mãe tratar-se-ia do signo do amor, visto que comporta além de um plano de expressão, há um conteúdo transcendental por trás de uma significação engendrada que coincide com a relação entre a criadora e a criatura.
Lembremos de que o signo consiste num veículo de qualquer fenômeno de semiose e esse processo funciona ao passo que a figura materna produz um determinado efeito ou suscitando uma determinada resposta nos agentes do processo semiótico: a mãe amamenta sua cria, transmite carinho e segurança durante a vida toda de seus filhos, impõe conceitos de identidades que serão construídas durante o processo significativo do indivíduo.
A semiose da mãe consiste na ação de determinar a criação de seu filho e no processo de aprendizagem que ela perpetuará e criará ao longo da vida, uma vez que a linguagem entre mãe e filho é que os farão como intérpretes de um mundo. Todo ato de linguagem, seja ela artística ou não, enquanto ato de significação, implica uma semiose, que equivale à função semiótica, propriamente dita.
Se procurarmos ter uma visão global do caminho que uma mulher percorre para criar uma criança, podemos constatar que se impõe um conceito de identidade que servirá de ponto de partida para se imaginar o que é ser “si mesmo” no âmbito sintagmático da mãe entre o filho.
De acordo com a concepção materna à qual nos referimos para falar do processo de identidade aperfeiçoado pela figura materna, podemos descrever as práticas de assimilação que um sujeito pode adquirir ao longo de sua existência: maturidade e experiência.
Em suma, mesmo que uma mulher não consiga na íntegra a participação na esfera da maternidade, ela poderá criar laços únicos de amor que suscitará vida, amizade, história e existência. Só se sabe que ser mãe é ultrapassar as barreiras de uma biografia que surgirá à proporção que o nascimento de outrem concebe novos horizontes, novos paraísos, novas poeticidade, novo valor sígnico de amor, uma nova semiose a ser definida pelo padrão semiótico de uma mulher que idealiza e inventa novas vidas.
Como poderei expressar meus pensamentos? Digerir os alimentos, se não consigo ver o brilho do sol queimando em meu peito, que por fim rejeito o peixe no anzol. De longe se escuta uma música... Orfeu toca sua lira mágica em busca da paixão imortal. A noite cai e você não chega. Só me resta a minha canção. Ah! Socorre-me desta ilusão que quebrou meu coração e assolou minhas metáforas com metonímias severas. Quebranta-me com poeticidade, pois preciso da linguagem para edificar novos alicerces.
O mundo é efêmero à beleza dos deuses e dos imortais. Nada se compara à máquina de Tétis e aos famosos quadros de Picasso pela liturgia poética, pela essência imagética, pela palavra profanada, concebida, ditada e maldita, pela visão hermenêutica que desata os nós do pecado, pela ambição dos movimentos de vanguarda apresentadas num cabaré de minhas ilusões, de minhas metáforas.
A saudade apertou meu coração. meu sorriso virou poesia, minha dor, melancolia, e a tristeza, emoção. O mundo mudou de estação e o amor aparece feito miragem, fulgura-me num mais nobre esplendor, nosso jeito de fazer oásis. As fontes como são belas, as paisagens bucólicas inspirando nostalgias sublimes, os gados passando na estrada com cheiro de terra molhada e Marília de Dirceu cozinhando no fogão de lenha para nós. A formosura campestre de um belo Arcadismo na construção de algumas metáforas.
Os lagos ajudam a enfeitar a hipocrisia, não sei do que seria das faces angelicais que por dentro corrói o coração. Escuto as estórias assombrosas, porém fico calado, menosprezando em silêncio e gastando o paladar no horrível. Pai, sei quem tu és, seu nome deixa-me vibrante ao som da MPB, não ligas, além da Coca-cola temos Antarctica, que nos fortalece e nos guia, em rios de lágrimas ao amor de teu espírito faraônico e de sua vivência metafórica.
É plantar, enfim, a escrita da vida, com a vaidade de Vênus generosa, as metáforas floridas, mas ser vaidosa, planta e rosa de que me importa a amizade lida em prantos de dor, enfim, astróloga vistosa. É singela a pureza de Maria, da Ionéa, Itaocara de minha vida. As pétalas das flores restringem à infância querida. É água, é luz, é energia. É força divina.