Foi em 1987. Nunca pensei que o rumo e o destino de José marcassem-me tanto. Um poema grandioso e escrito pelo mineiro Carlos Drummond de Andrade que me fascinou – tanto o poema quanto o autor.
Naquele ano, minha professora de Língua Portuguesa inscreveu nossa turma num festival de jogral que acontecera em nossa própria instituição escolar.
Com efeito, os ensaios foram de risos, meras brigas pelos descasos de uns e de alegrias, já que amávamos sair de sala de aula para fazermos qualquer tipo de atividade extraclasse, nem que fosse também para fazermos bagunças.
Embora tenha deixado marcas do que se foi, José foi incrível em minha vida, visto que Carlos Drummond de Andrade morrera alguns dias de agosto depois do festival – e graças a Deus tínhamos ficado em primeiro lugar. Estava eu na oitava série e tinha descoberto o prazer da leitura através de um mundo bem complexo que sempre vem ao meu encontro.
No dia da morte de Carlos Drummond de Andrade, junto a minha turma chorei muito – não só eu, mas todos os outros alunos que se encontravam embevecidos com aquele sagrado momento. Nossa quanta saudade! Quanta imagem acústica tivemos com nossa professora para discutir e analisar o poema José. Foi o grande marco em minha vida. Nunca tirarei dos meus acervos e memórias a grande vã filosofia que nos fora proporcionadas num contexto bastante sublime!
Anos se passaram. Sempre deparo com este poema em situações inesperadas. Cada vez que o leio arrepio-me pelo lado sensorial que jamais pensei ter. Vibro cada verso como se fosse realmente o próprio José.
Às vezes, em momentos rebeldes de minha vida, tinha vontade de gritar, de tocar a valsa vienense, de dormir e de fazer o tempo parar. Como não posso retornar ao passado, posso imaginar, sem teogonia, sem parede nua para me encostar, o perene contexto lúgubre de meus pensamentos.
Em suma, hoje, senti a grandiosa necessidade de expandir meus pensamentos fugazes que jamais esquecerei; pois sei para onde quero ir, quais caminhos deverei percorrer e quais ocasiões devo, através dos erros, humildemente, construir um novo alicerce para uma vida nova. Agora, e você “José” para onde mesmo?
Naquele ano, minha professora de Língua Portuguesa inscreveu nossa turma num festival de jogral que acontecera em nossa própria instituição escolar.
Com efeito, os ensaios foram de risos, meras brigas pelos descasos de uns e de alegrias, já que amávamos sair de sala de aula para fazermos qualquer tipo de atividade extraclasse, nem que fosse também para fazermos bagunças.
Embora tenha deixado marcas do que se foi, José foi incrível em minha vida, visto que Carlos Drummond de Andrade morrera alguns dias de agosto depois do festival – e graças a Deus tínhamos ficado em primeiro lugar. Estava eu na oitava série e tinha descoberto o prazer da leitura através de um mundo bem complexo que sempre vem ao meu encontro.
No dia da morte de Carlos Drummond de Andrade, junto a minha turma chorei muito – não só eu, mas todos os outros alunos que se encontravam embevecidos com aquele sagrado momento. Nossa quanta saudade! Quanta imagem acústica tivemos com nossa professora para discutir e analisar o poema José. Foi o grande marco em minha vida. Nunca tirarei dos meus acervos e memórias a grande vã filosofia que nos fora proporcionadas num contexto bastante sublime!
Anos se passaram. Sempre deparo com este poema em situações inesperadas. Cada vez que o leio arrepio-me pelo lado sensorial que jamais pensei ter. Vibro cada verso como se fosse realmente o próprio José.
Às vezes, em momentos rebeldes de minha vida, tinha vontade de gritar, de tocar a valsa vienense, de dormir e de fazer o tempo parar. Como não posso retornar ao passado, posso imaginar, sem teogonia, sem parede nua para me encostar, o perene contexto lúgubre de meus pensamentos.
Em suma, hoje, senti a grandiosa necessidade de expandir meus pensamentos fugazes que jamais esquecerei; pois sei para onde quero ir, quais caminhos deverei percorrer e quais ocasiões devo, através dos erros, humildemente, construir um novo alicerce para uma vida nova. Agora, e você “José” para onde mesmo?
Meu amigo,
ResponderExcluirA resposta que se pode esperar para tantas interrogações que comumente nos fazemos, você a dá neste espaço onde se tece muito mais do que o desejo de criar,compartilhar, comunicar, no sentido etimológico (e lógico) de "tornar comum" - ideias e ideais.
Este já é um espaço muito importante para todos nós que o admiramos e saboreamos seus textos, portanto, continue/vá em frente/avante companheiro!!!
Estamos aqui esperando cada "tessitura" - já que seu texto é música - e a tomamos como alimento que nos torna capazes de seguir a necessária jornada.
Parabéns!
Lendo seu texto viajei ao passado e, lembrei-me dos tempos dos concursos de poesia, dos jograis, das peças teatrais por nós produzidas, era mesmo o começo dessa apaixonada causa "escrever". Levantamos essa bandeira há muito tempo sem mesmo saber...
ResponderExcluirConheci Carlos Drummond de Andrade quando fazia teatro, e foi um livro bem simples de poesias que li para fazer um texto sobre ele. Nunca tinha visto um homem com tanta sensibilidade visto que seus poemas me fazem lembrar o amor de uma forma abstrata e irregular, pelo seu modo de escrever e dizer em textos como este no ano de 1951:
ResponderExcluirUM BOI VÊ OS HOMENS
1951 - CLARO ENIGMA
Tão delicados (mais que um arbusto) e correm
e correm de um para o outro lado, sempre esquecidos
de alguma coisa. Certamente, falta-lhes
não sei que atributo essencial, posto se apresentem nobres
e graves, por vezes. Ah, espantosamente graves,
até sinistros. Coitados, dir-se-ia que não escutam
nem o canto do ar nem os segredos do feno,
como também parecem não enxergar o que é visível
e comum a cada um de nós, no espaço.E ficam tristes
e no rasto da tristeza chegam à crueldade.
Toda a expressão deles mora nos olhos – e perde-se
a um simples baixar de cílios, a uma sombra.
Nada nos pêlos, nos extremos de inconcebível fragilidade,
e como neles há pouca montanha,
e que secura e que reentrâncias e que
impossibilidade de se organizarem em formas calmas,
permanentes e necessárias. Têm, talvez,
certa graça melancólica (um minuto) e com isto se fazem
perdoar a agitação incômoda e o translúcido
vazio interior que os torna tão pobres e carecidos
de emitir sons absurdos e agônicos: desejo, amor, ciúme
(que sabemos nós?), sons que se despedaçam e tombam no campo
como pedras aflitas e queimam a erva e a água,
e difícil, depois disto, é ruminarmos nossa verdade.
Há uma duplicidade de sentimentos e verdades que me mostram uma personalidade forte com um grau de temperança sobre a vida. Carlos é uma inspiração para o que chamo de despertar da alma. Um êxtase para quaqluer um que gosta de poesia e poema.
Jasanf...
ResponderExcluirCheguei sem ser convidada..e acho que vou ficar te seguindo.
Adorei seu blog.
Adoro aprender..adoro poesias, adoro Carlos Drumond de Andrade.
"Há vários motivos para não se amar uma pessoa e um só para amá-la; Este prevalece."
Carlos Drummond de Andrade
Vou te fazer dois convites: Um é para vc conhecer meu blog: mdfbf.blogspot.com
Outro é para vc conhecer o blog de uma amiga, neste vc terá uma surpresa: http://npsuzanadrummond.blogspot.com/
Parabéns pelo seu lindo blog.
Abraço,
Ma Ferreira