Mais um momento vivido se cumpria nesse instante: translúcido, límpido, azul podíamos nos apetecer através da visão do mar. Pura imaginação fértil inundava meus olhos. Sim, ouvi constantemente a música “Todo azul do mar” e me veio esse parágrafo.
Não tinha nada para contemplar nem para escrever. Desse modo, resolvi vagar em pensamentos para falar do nada, de identidade, de alteridade em suas controvérsias e confrontos.
Já se parou para perguntar sobre o(s) outro(s) que há dentro do eu que habita e mora dentro de você? Sim. Temos algo a mais que navega em nossos pensamentos e nos permite devanear. Você já teve a sensação ou desejo de ser alguém totalmente diferente do que gostaria ser? Por isso quero lhe informar que há em nós esse outro, entressachado de ilusão e verdade, aplacando nossas vontades e causando delírios mórbidos.
Não pretendo ser poético ao falar de alteridade, entretanto devemos nos questionar até que ponto a identidade é nossa de fato, até que ponto a almejamos definitivamente. Talvez seja dessa forma que elas se contrapõem e se associam reciprocamente, visto que se nutrem deles mesmos para se relacionarem. Um não vive sem o outro e à medida que eles se “angustiam”, se encontram e se entrelaçam num só ser, registrando-se o frenesi. E assim viajamos nas palavras, de sorte que sintamos emergir cada gesto, cada afago, cada som, cada olhar diferente do normal.
Olá,
ResponderExcluirSerá que, realmente, só há um a mais em cada um de nós?Às vezes,acho que tenho tantas em mim...
Beijinhos.
Fantástico!!! Agora sim. No texto pude sentir a sua força. Pude até te ouvir falando. O texto. Meus parabéns!
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