sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Fragmentos

Desfragmentei hoje
ao descobrir que nada sei
e que velei
o defunto errado.
Não existe mais
um eu em mim,
pois meus fakes me traíram,
usurpando-me com intensas artimanhas.
Norteio vocábulos
que fogem e apodrecem minha poesia.
Eles fogem do ultrarromantismo,
corroendo-se e indo sempre embora
a filosofia de outrora.
Meus feitos cantam,
nada me apraz,
esmoreço e perco a voz,
defendendo-me
num processo contínuo e em curso.
Saio de cena,
as cortinas fecham
e os aplausos encerram minha despedida.
Não há solução!
Então não irei brigar nem discutir por tolices.
Quero minha desmistificação
sem beijos desfragmentados
e predicativos escalafobéticos.

5 comentários:

  1. Quero minha desmistificação
    sem beijos desfragmentados
    e predicativos escalafobéticos.
    Não sei se atingi mas que fica bonito isso fica...

    ResponderExcluir
  2. Me gusta mucho la cancion portugesa...

    Saludos

    ResponderExcluir
  3. Olá que beleza de poema,amei ler aqui em seu espaço.Fez-me companhia ler suas palavras sensíveis,sensuais que dizem tudo e escondem também.O que nos faz refletir e dar o significado que nos vai bem à alma,pois ao leitor dá-se o poder de definir como quer que seja o poema lido.Um abraço!

    ResponderExcluir
  4. Gostaria de saber escrever poesias, assim como você.

    ResponderExcluir