Desfragmentei hoje
ao descobrir que nada sei
e que velei
o defunto errado.
Não existe mais
um eu em mim,
pois meus fakes me traíram,
usurpando-me com intensas artimanhas.
Norteio vocábulos
que fogem e apodrecem minha poesia.
Eles fogem do ultrarromantismo,
corroendo-se e indo sempre embora
a filosofia de outrora.
Meus feitos cantam,
nada me apraz,
esmoreço e perco a voz,
defendendo-me
num processo contínuo e em curso.
Saio de cena,
as cortinas fecham
e os aplausos encerram minha despedida.
Não há solução!
Então não irei brigar nem discutir por tolices.
Quero minha desmistificação
sem beijos desfragmentados
e predicativos escalafobéticos.
Very lovely artwork and design !
ResponderExcluirQuero minha desmistificação
ResponderExcluirsem beijos desfragmentados
e predicativos escalafobéticos.
Não sei se atingi mas que fica bonito isso fica...
Me gusta mucho la cancion portugesa...
ResponderExcluirSaludos
Olá que beleza de poema,amei ler aqui em seu espaço.Fez-me companhia ler suas palavras sensíveis,sensuais que dizem tudo e escondem também.O que nos faz refletir e dar o significado que nos vai bem à alma,pois ao leitor dá-se o poder de definir como quer que seja o poema lido.Um abraço!
ResponderExcluirGostaria de saber escrever poesias, assim como você.
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