terça-feira, 18 de maio de 2010

Não quero prosa!



Não quero prosa!
Mas os versos que um dia ouvi.
Quero algo rimado,
piegas e cantado
que esteja além de nossas expectativas.


Sim, desejo a métrica clássica.
já que a ponte que construímos juntos
fora bloqueada.


Meus pensamentos visualizavam
sonetos de Vinícius de Moraes,
porém percebi que palavras
são fúteis e vazias
e que não me encaixava
naquele contexto.


Nossas vozes deixaram de existir
e um abismo se abriu entre nós.
O elo que nos ligava
fora corrompido e se enferrujou.
Sua ausência ainda doía,
embora tenha tentado pulverizar
meus sentimentos e emoções.


Restar-me-á, enfim, somente a dor, o vazio e o nada
para um dia emergir
da areia movediça
que sufocou-me
e fechou-me por completo,
deteriorando a esperança
que grudara em mim.

3 comentários:

  1. O fim de um amor...
    Todos já vivenciamos isso!
    Esses versos guardo, dia desses terei coragem de publicá-los como você!
    Abraçao, amigo!

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  2. A Musa da controvérsia18 de maio de 2010 às 16:11

    Em nossas vidas, realmente, ficam as tatuagens do passado. "Não quero prosa" é um mergulho no passado que ja enterramos, mas que se olharmos bem, podemos sentir as feridas.

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  3. Devemos aumentar a ponte, e nos deixar conduzir por uma vida cheia de aventuras. Muitas vezes iremos nos decepcionar, a areia vai nos tomar e deixarmos abaixo da superfície, mas existe um sol que brilha lá no alto, e emergirmos assim não apenas para sobreviver a uma estagnação de dor, mas vivermos cheios de esperanças...
    Deus te abençõe! Suas palavras me dão a certeza de poesia inteligente! beijos

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