terça-feira, 18 de maio de 2010
Não quero prosa!
Não quero prosa!
Mas os versos que um dia ouvi.
Quero algo rimado,
piegas e cantado
que esteja além de nossas expectativas.
Sim, desejo a métrica clássica.
já que a ponte que construímos juntos
fora bloqueada.
Meus pensamentos visualizavam
sonetos de Vinícius de Moraes,
porém percebi que palavras
são fúteis e vazias
e que não me encaixava
naquele contexto.
Nossas vozes deixaram de existir
e um abismo se abriu entre nós.
O elo que nos ligava
fora corrompido e se enferrujou.
Sua ausência ainda doía,
embora tenha tentado pulverizar
meus sentimentos e emoções.
Restar-me-á, enfim, somente a dor, o vazio e o nada
para um dia emergir
da areia movediça
que sufocou-me
e fechou-me por completo,
deteriorando a esperança
que grudara em mim.
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O fim de um amor...
ResponderExcluirTodos já vivenciamos isso!
Esses versos guardo, dia desses terei coragem de publicá-los como você!
Abraçao, amigo!
Em nossas vidas, realmente, ficam as tatuagens do passado. "Não quero prosa" é um mergulho no passado que ja enterramos, mas que se olharmos bem, podemos sentir as feridas.
ResponderExcluirDevemos aumentar a ponte, e nos deixar conduzir por uma vida cheia de aventuras. Muitas vezes iremos nos decepcionar, a areia vai nos tomar e deixarmos abaixo da superfície, mas existe um sol que brilha lá no alto, e emergirmos assim não apenas para sobreviver a uma estagnação de dor, mas vivermos cheios de esperanças...
ResponderExcluirDeus te abençõe! Suas palavras me dão a certeza de poesia inteligente! beijos