domingo, 9 de maio de 2010

Traduz-me que traduzo-te!



Traduzir-se para mim,
para ti,
para o mundo
o obscuro,
o incolor, o transparente,
a pele,
a ferida, o machucado.
E aos poucos construir outro universo.
Moldá-lo,
poetizá-lo,
configurá-lo
e limpar a poeira
escondida debaixo do tapete.
E assim criar novas rimas,
mudando o ritmo
e as batidas do coração,
pois o pulso ainda pulsa
e arrebata-me com cifras melódicas,
gerando performance,
corpoeticidade
ao dar vida a voz cantada e declamada
pelos movimentos cíclicos
da tradução.
Traduz-me
que traduzo-te
mesmo que seja somente na imaginação.

3 comentários:

  1. Belo ato de traduzir a existência em palavras!!

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  2. não consegui ler este verde perereca...

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  3. A musa da Controvérsia19 de maio de 2010 às 12:13

    Afinal de contas, vc mesmo conseguiu se traduzir? pq eu nao consegui traduzir o seu texto.

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