terça-feira, 26 de abril de 2011

Retrato de uma pena no meio de rochedos

Uma pena pára
o deslumbre dos raios solares.
Cada gesto eu me volto hipnotizado
como um girassol acompanhando
o movimento do sol.
Teu nome, algo belo
vindo dos rochedos da Itália,
era uma lua macia
e coberta de doce e singelo amor.
Parecia um mar calmo,
lembrava-me um pedaço
dos braços da cruz.
Parecia frágil esperança do rio negro
e não perdia de seu coração criança.


Hoje, segues de novo
naquela imagem de menino
no qual nem o pranto de meus olhos
consegue umedecer os clarins da realidade
ora fugidia, ora transluzente.
Algo que paira nas pedras
levam-me a crer naquela Imagem Sofrida
fotografada e copiada
em uma simples pena.
Esta guarda os maiores segredos do universo:
os sábios podem de ser de diamantes,
mas Jerusalém é de bronze,
ouro e luz.
É a cidade do Rei,
da Pena Encantada,
que se mostra
como a verdadeira fonte cristalina
e uma prece divina.

13 comentários:

  1. Jasanf, querido amigo poeta,

    Fiquei comovida com esse post, o lirismo e a força. Precioso!
    Bj

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  2. Além de belo, seu poema tem muita profundidade, em cada verso uma reflexão.Parabéns.

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  3. Bom dia,Jasanf!

    Comovente ponto de vista, traduzindo pensamentos e emoções em palavras...amei a pena...um símbolo singelo mas que supera em força!
    Beijos

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  4. Bom Dia poeta querido.
    Este seu poema está tão lindo!!Tão divinamente belo!!O amigo trouxe muita emoção.Um poema carregado de sentimentos e amor.
    Um dia lindo para você beijos no coração,Evanir.
    www.aviagem1.blogspot.com

    www.fonte-amor.zip.net

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  5. A pena voa pelo mundo sem cair...

    Lindo poema!

    Beijo

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  6. Tão profunda imagem,vinda de palavras tão doces!Adorei ;)
    Um Beijo

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  7. Gostei desta tela pintada tão poeticamente pelas tuas palavras...
    Aquela luz de Itália fez-me sonhar...

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  8. .

    Eu quero a paisagem vista da
    Rua São Paulo. Quero o sossego
    do coreto vazio na praça Paissandu.
    Eu quero o teleférico subindo
    ao boliche com crianças ansiando
    pela imagem que já foi tão linda
    e agora agoniza entre o são e o
    dolorido. Quero, enfim, a minha
    doce Friburgo Nova, como sempre
    foi; Nova Friburgo de todos nós.

    silvioafonso





    .

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  9. Uma pena. Podemos vê-la de tantas formas e só uma possui. A pena da escrita. A pena perdida.
    A pena que a outras se une para proteção, para o vôo. Ficou lindo seu poema, como sempre.

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  10. Olá, eu sou do blog minestradeletrinhas.blogspot.com, e gostei muito de seu blog!
    Já o estou seguindo...
    Achei interessante a descrição de quem é você, porque também penso em cursar literatura.
    Talvez a gente possa bater um papinho...

    Abraços, Captain Purple

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  11. Que bom ter encontrado um girassol no seu poema...

    bj.

    Catita

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  12. Me senti leve como uma pena! Senti até mesmo uma brisa a me levar.

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